247 – Os trabalhadores da Petrobrás aprovaram uma greve por tempo indeterminado a partir do próximo sábado (1) contra as demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen) e o descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou em seu site que a categoria vai garantir o abastecimento da população durante todo
“A destruição da cadeia produtiva de óleo e gás é um dos principais motivos pelos quais a economia do país segue estagnada. A Petrobrás, que era uma das locomotivas do desenvolvimento nacional, reduziu em mais de 50% os investimentos no Brasil. Os R$ 104,4 bilhões investidos pela empresa em 2013 despencaram para R$ 49,3 bilhões, em 2018. Uma queda de 53%”, afirmou.
“Sem os investimentos da Petrobrás, o setor deixou de gerar mais de R$ 100 bilhões para o PIB nesse período. Como consequência, 2,5 milhões de postos de trabalho foram fechados, o que representa 19% da taxa de desemprego. Só no Sistema Petrobrás, foram fechados mais de 270 mil postos de trabalho, entre próprios e terceirizados”, continuou.
Preços de combustíveis abusivos
Segundo a FUP, “o aumento dos preços da gasolina, do gás de cozinha e do diesel também faz parte do pacote de desmonte da Petrobras. Os gestores alteraram não só a forma de reajuste dos preços dos derivados, como colocaram à venda oito refinarias, 13 terminais marítimos e terrestres, 2.226 quilômetros de dutos e ainda privatizaram as distribuidoras de combustíveis. Ou seja, a população está refém do sobe e desce do mercado e exposta às crises internacionais de petróleo”.
“Quem ganha com isso são as importadoras de combustíveis, que estão lucrando milhões de dólares, enquanto a Petrobrás exporta óleo cru e coloca à venda metade do seu parque de refino. Quem perde é o povo brasileiro, que paga uma das gasolinas mais caras do planeta”.
*Com informações da FUP