Americanos vão às ruas por ‘dinheiro para saúde e educação, não guerras’

Por Myriam Marques, de Nova York, para o 247 – Centenas de pessoas marcharam neste sábado 4 no centro de Nova York, saindo da Times Square até a Herald Square, em um protesto relâmpago chamado pela ANSWER Coalition (Act Now to Stop War and Racism), uma coalizão de organizações americanas e árabes-americanas fundada em 2001 logo após os ataques às torres gêmeas.

Compõem a Act Now to Stop War and Racism entidades como a CODE PINK – organização pacifista feminista, que tem Jane Fonda como notória militante – e o PSL, Party for Socialism and Liberation. Várias organizações de imigrantes estiveram presentes, entre eles o DDB NY – Defend Democracy in Brazil NY.

Os manifestantes denunciaram o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como mandante do assassinato do general iraniano Qassem Soleimani. A ação dos Estados Unidos na noite de quinta-feira 2 foi vista por Teerã como um ato de guerra que cria o risco de uma conflagração regional. Trump foi criticado veementemente no Congresso por não ter pedido autorização para o que é considerado um ato de guerra.

Neste sábado, entre os gritos de protesto nas ruas, o principal era ‘Money for health and education, not for wars and occupation!’. O orçamento para a Defesa nos EUA abocanha cerca de um terço do total e segundo especialistas, se forem contados gastos paralelos como a saúde de combatentes, o gasto chega a mais de 50%, em um país onde 30 milhões não têm nenhum acesso à saúde gratuita, estudantes universitários ficam com dívidas para o resto da vida e sem-teto se espalham aos milhares pelas cidades.

Houve protesto também na Califórnia e em muitas outras localidades. Pelo jeito, os americanos não estão dispostos a aceitar mais guerras baseadas em mentiras de falsos ataques, como ficou claro, mais uma vez, na ofensiva contra o Irã. Os nova-iorquinos também manifestaram o efeito contrário desses ataques, que podem tornar a cidade novamente alvo de terrorismo – o maior medo coletivo de uma cidade diversa, que abriga milhares de cidadãos do Oriente Médio.


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