As investigações derivadas pelas informações divulgadas por executivos da Odebrecht, que chegaram a ser chamadas de "delações do fim mundo" pelo escopo das denúncias, estão empacadas.
Três meses depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizar a abertura de inquéritos, pouca coisa andou.
Uma análise feita pela Folha aponta que tem sido difícil para os investigadores comprovar os relatos feitos pelos delatores à PGR (Procuradoria-Geral da República).
Há outro fator que coloca uma incógnita sobre o futuro das investigações: 24 dos 77 inquéritos abertos desde abril saíram das mãos de Edson Fachin, relator original, e foram para outros ministros. E esse número aumenta a cada dia.
Nenhuma denúncia foi apresentada até agora em relação a esses inquéritos. A delação da JBS, homologada em maio –quase quatro meses após a da Odebrecht–, já virou base para três acusações da Procuradoria, uma delas tendo como alvo Michel Temer.
Após abertos, os inquéritos da Odebrecht foram enviados para a Polícia Federal, com prazo fixado de 30 dias para cumprimento de diligências. A PF, no entanto, não conseguiu realizar todas as medidas e solicitou mais tempo em cada uma das investigações.
Brasil 247
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