BRASIL

Brasil e Argentina querem linha de crédito que facilite comércio bilateral

Os governos do Brasil e da Argentina vão assinar no próximo dia 27 memorando de entendimento para criar linha de crédito que facilite o comércio bilateral. A informação é do Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges Lemos, que participou hoje (21) de café da manhã com jornalistas.

O memorando vai definir a estrutura financeira dessa linha de crédito e será oferecido por bancos comerciais. O ministro não divulgou os valores para essa linha de crédito. A ideia é reduzir o tempo da quarentena que o Banco Central da Argentina estabelece para os dólares que entram naquele país. “O governo vai criar um sistema que reduza as incertezas e que crie garantia de fluidez”, disse o ministro.

Borges não quis dizer se serão definidas garantias dos governos aos empréstimos. O ministro disse que está trabalhando na estruturação para que em abril a linha já esteja disponível. O memorando deve ser assinado por chanceleres do Brasil e da Argentina, em reunião paralela ao encontro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), na Costa do Sauípe, na Bahia, na próxima semana.

No encontro com jornalistas, o ministro também disse que a estabilidade do câmbio, no patamar entre R$ 2,30 e R$ 2,40, como está atualmente, ajuda na previsibilidade para os investimentos da indústria e reduz os custos para o setor. Em relação às exportações, “a competitividade vai acontecer, mas ela é lenta”. Isso porque, de acordo com análise do ministro, a retomada da economia americana “está muito lenta” e isso afeta o desempenho exportador brasileiro.

O ministro disse que a conta de exportações e importações de petróleo deve apresentar melhora este ano. Segundo ele, se houver redução de R$ 5 bilhões no déficit, este ano, o superávit comercial poderá ficar entre US$ 7 bilhões e US$ 9 bilhões, como estima o mercado. Em 2013, a balança comercial brasileira encerrou o ano com superávit (exportações maiores que importações) de US$ 2,561 bilhões. Esse foi o pior resultado desde 2001, quando houve saldo positivo de US$ 2,684 bilhões.


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