BRASIL

Brasil é o 5o País mais competitivo da América Latina

O Fórum Econômico Mundial elaborou um ranking de competitividade entre 144 países. O primeiro lugar ficou com a Suíça. O Brasil é o 57º do mundo e o 5º da região da América Latina e o Caribe. É curioso observar que, se a gente considera o item em que o país vai melhor e os dois em que está pior, temos um pequeno resumo do que é a economia brasileira. Dos 12 “pilares da competitividade” que o estudo analisou, o melhor resultado do Brasil é em “tamanho de mercado” (nono do mundo).

O pior é em “eficiência do mercado de bens” (123º), que avalia a intensidade da competição entre as empresas. Quem vai mal neste ponto são os mercados onde os empresários não têm muito com quem concorrer. Países protecionistas tendem a perder posições nesse item.

O segundo pior desempenho do Brasil é em “eficiência do mercado de trabalho”. Nesse pilar, o estudo considera a flexibilidade das leis trabalhistas. Quanto mais direitos de assalariados que atrapalhem o empregador, pior a posição do país.

Juntando esses três itens, temos, no caso brasileiro, um país que mantém uma ampla gama de direitos dos empregados e mesmo assim atrai investimentos, pois sua indústria recebe ajuda do Estado (com protecionismo, ela tem menos concorrentes) e o mercado interno é grande o suficiente para viabilizar diversos negócios.

Abaixo, a posição do Brasil no ranking mundial, em cada um dos 12 itens analisados pelo estudo.

Agora, as dez economias mais competitivas da região da América Latina e o Caribe, comparadas com o Brasil. Observação: o item “educação primária'' abrange o que nós chamamos aqui de ensino básico e fundamental; “educação superior'' inclui ensino médio, superior, pós e treinamentos diversos.

1. Chile

Economia mais competitiva da América Latina e 23ª do mundo. Seus pontos fortes são o “mercado financeiro'' (item no qual é o 19º do mundo), o “ambiente macroeconômico'' e as “instituições'' democráticas. Os itens com pior resultado são “saúde e educação primária'', “sofisticação das empresas'' e eficiência no mercado de trabalho.

2. Panamá

A economia panamenha é a 48ª mais competitiva do mundo, segundo o estudo. Seus pontos fortes são o “mercado financeiro'', a “infraestrutura'' e a “inovação''. O que reduz a competitividade é o “tamanho do mercado'' e a “eficiência do mercado de trabalho''.

3. Costa Rica

Em 54º lugar no ranking mundial, a Costa Rica tem a seu favor a “sofisticação das empresas'' e a capacidade de “inovação''. O “ambiente macroeconômico'' e o “mercado financeiro'' pesam contra.

4. Barbados

País minúsculo, Barbados é o 55º mais competitivo da América Latina, graças ao sistema de “saúde e educação primária'' de Primeiro Mundo (16º no ranking global) e à “infraestrutura'' (28ª). O “tamanho do mercado'' é o item que mais pesa contra a competitividade de Barbados, seguido por “ambiente macroeconômico''.

5. Brasil

À parte o que já foi falado, vale acrescentar que “educação'' média e superior é o item em que o Brasil tem seu segundo melhor resultado, ficando em 41º do ranking mundial.

6. México

A economia mexicana ficou atrás da brasileira no ranking do Fórum Econômico Mundial. Em 61º lugar no ranking mundial, o México vai bem em “tamanho de mercado'', “ambiente macroeconômico'' e “sofisticação dos negócios''. Os piores resultados foram em “instituições'' e “eficiência do mercado de trabalho''.

7. Peru

Em 65º do mundo, o Peru está bem em “ambiente macroeconômico'' e “mercado financeiro''. Seus piores resultados são em “inovação'' e “instituições''.

8. Colômbia

O país é o 66º mais competitivo do mundo, ajudado pelo “ambiente macroeconômico'' e “tamanho do mercado'', e prejudicado por suas próprias “instituições'' e “eficiência do mercado de bens''.

9. Guatemala

A economia guatemalteca é a 78ª do mundo em competitividade. Seu melhor resultado está na “eficiência do mercado de bens'' e no “mercado financeiro''. O pior reside nas suas “instituições''.

10. Uruguai

As “instituições'' uruguaias são o pilar competitivo mais forte do país, segundo o estudo, seguidas pela “penetração tecnológica''. O “tamanho do mercado'' joga contra a competitividade do Uruguai, assim como a “eficiência do mercado de trabalho''.
 


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