INTERNACIONAL

Brasileira, esposa de vice-governador da Pensilvânia, relata ataque racista nos Estados Unidos

A brasileira Gisele Barreto Fetterman, esposa do vice-governador do estado americano da Pensilvânia, John Fetterman, compartilhou nas redes sociais o momento em que sofreu um xingamento racista ao deixar uma mercearia.

No vídeo, uma mulher abaixa a máscara e chama Gisele de “nigger” – forma pejorativa de dizer “negro”, considerada um insulto extremamente racista nos Estados Unidos. Segundo relato da segunda-dama, os xingamentos começaram quando ela ainda estava dentro do mercado, e a agressora ainda a perseguiu pelo estacionamento enquanto a xingava.

“Esse comportamento e esse ódio são ensinados. Se você a conhece, se ela for sua vizinha ou parente, por favor, por favor, ensine a ela amor”, escreveu Gisele nas redes sociais.
De acordo com relato do jornal “The Washington Post”, Gisele costuma ter à disposição guardas que fazem a segurança das autoridades estaduais. Porém, ela dispensou a proteção extra porque iria apenas fazer compras rápidas de kiwis no mercado. Forças oficiais da Pensilvânia disseram que estão investigando a mulher que proferiu os insultos racistas.

Governador diz que agressão é vergonhosa e inaceitável
Gisele Barreto Fetterman, carioca de 38 anos, chegou aos Estados Unidos ainda criança com a mãe. Segundo relato do “Washington Post”, a brasileira viveu por mais de 10 anos no país como indocumentada — ou seja, tinha situação migratória considerada clandestina. Em 2004, ela conseguiu o Green Card — documento que deu à brasileira residência fixa e legalizada nos EUA.

Anos depois, Gisele se casou com John Fetterman, político proeminente do Partido Democrata na Pensilvânia e atual vice-governador do estado.

Nas redes sociais, o governador da Pensilvânia, Tom Wolf, chamou a agressão racista sofrida pela segunda dama de “vergonhosa e inaceitável”. “Ninguém deve se sentir indesejado em nossa comunidade por causa de sua raça ou etnia”, escreveu.

“Gisele Fetterman passa muito de seu tempo fazendo nosso estado e nosso mundo um lugar melhor, e ela — assim como todos na Pensilvânia — merece nosso respeito, não o ódio tantas vezes mostrado por pessoas que procuram apenas dividir ainda mais este país quando a união é tão necessária”, afirmou Wolf.


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