PERNAMBUCO

Cansaço do piloto influenciou no acidente que matou Campos, diz FAB

O cansaço de Marcos Martins, piloto do avião que caiu em Santos (SP), em 13 de agosto de 2014, matando o então candidato presidência do PSB e ex­-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e outras seis pessoas, foi um dos fatores que contribuiu para a tragédia, que teve uma sequência de falhas humanas. O cansaço do piloto foi identificado pelo seu tom de voz. Poucos dias antes do acidente, o próprio Martins já havia dito, em redes sociais, que estava "cansadaço". A informação já havia sido antecipada pelo Estadão.

O relatório com o resultado das investigações realizadas nos últimos 17 meses pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) será apresentado nesta terça-feira (19), às 13 horas, aos familiares de todos que estavam no voo e, em seguida, para a imprensa.

Além do uso de "atalho" para acelerar o procedimento de descida na Base Aérea de Santos, as investigações também detectaram a falta de treinamento do piloto, específico para aquela aeronave, um Cessna 560 XL. A Aeronáutica, inclusive, emitiu uma recomendação de segurança à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), três meses depois do acidente.

Durante as investigações foi detectado que a relação entre piloto e copiloto não era boa. Os dois tinham um histórico de atritos e o copiloto, Geraldo Magela Barbosa, teria pedido para não mais voar com Martins.

O avião saiu do aeroporto Santos Dumont, no Rio, rumo à Base Aérea de Santos, no Guarujá, em São Paulo.


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