BRASIL

Ceará e Israel tratam sobre segurança pública

Ceará e Israel dialogam sobre novos acordos bilaterais. Uma das áreas de interesse é segurança pública, com novas tecnologias para penitenciárias, portos e aeroportos. As possibilidades fizeram parte da longa reunião entre o governador Camilo Santana e o cônsul para Assuntos Econômicos de Israel no Brasil, Boaz Albaranes.


“Estamos tentando – não só no Ceará, em todo o Brasil -, focar nas necessidades. Se a necessidade existe, temos muita disposição para cooperação. Normalmente, se a necessidade é real, é urgente, claro que é mais fácil”, ressaltou Albaranes, que visitou a sede do O POVO na tarde de ontem.


Ele adiantou que vai continuar as tratativas com o Estado e ressaltou o interesse de sair do eixo Sul-Sudeste. “Foi o primeiro contato com o Ceará. Viemos também tentar retornar o que já foi firmado, como o acordo entre a Cagece (Companhia de Água e Esgoto do Ceará) e a Mekorot (Israel National Water). Também há um acordo entre Brasil e Israel para pesquisa e desenvolvimento”, afirmou.


Futuro irrigado

O Ceará já utiliza técnicas de irrigação israelenses – o gotejamento, por exemplo. Assuntos ligados à água são especialidade do país e também fizeram parte da reunião com o governador. “Quase todo lugar tem problema com falta d’água, tecnologia e segurança. Nenhum país pode superar esses problemas sozinhos”, defendeu o cônsul. Ele ressaltou ainda o interesse em conhecer, por exemplo, a experiência cearense em relação ao setor de laticínios. De lá para cá, outras tecnologias ligadas ao cotidiano das pessoas, como a smarts cities (cidades inteligentes), são mote.
 

As relações comerciais entre Brasil e Israel estão em ascendência, mas há um desequilíbrio na balança comercial. Para Albaranes, há um preconceito em relação a Israel, por conta do noticiário, que só mostra os conflitos na região.


“O Brasil compra mais do que vende pra Israel. Mas Israel é um bom mercado. Não é tao grande, mas o PIB percapita é US$ 36 mil. Importamos tudo. Brasil já exporta carne, soja, açúcar e café. Mas tem lugar para outros produtos”, ressalta o representante israelense.


Livre comércio

Há um acordo de livre comércio entre os países do Mercosul e Israel em vigor desde 28 de abril de 2010. Entretanto, o cônsul lamenta o desconhecimento e a pouca utilização dessa abertura. Mesmo diante da competitividade que ela proporciona aos produtos brasileiros em Israel – bem como aos israelenses no Brasil.

O acordo inclui oito mil códigos tarifários que obedecem a um cronograma de redução tarifária em um período de oito anos. Do outro lado, a liberalização do Mercosul abrange 9.424 itens, que, em sua quase totalidade, em 10 anos terão sua importação proveniente de Israel isenta de tarifas.

 

 

(Do Portal O povo) 


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