BRASIL

Centro-direita tenta derrotar projetos do Governo, admite Analista

 "A derrubada do decreto sobre participação popular revela, ao mesmo tempo, o caráter antidemocrático do conservadorismo e seu avanço contra o petismo", afirma o jornalista Breno Altman, ao começar sua nova coluna no 247. Ele lembra que "ao menos metade dos deputados e senadores do PMDB apoiou Aécio Neves no segundo turno", assim como em outros partidos da base aliada, e ressalta que o bloco conservador "busca aceleradamente construir um acordo que isole e paralise o governo".

Altman menciona a derrubada ontem do decreto de conselhos populares da presidente Dilma Rousseff, o ataque frontal à proposta de plebiscito para a reforma política e cita como provável "próximo lance neste jogo" o empenho para fazer do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) presidente da Câmara, a despeito de o PT ter a maior bancada na Casa. "O fato é que está se inviabilizando uma estratégia de governabilidade baseada centralmente em acordos parlamentares ou lastreada na coalizão prioritária com o PMDB", aponta.

"O governo e o PT precisam, com rapidez, decantar uma estratégia diferente para um distinto período político. Aliás, como tem afirmado o presidente da legenda, Rui Falcão", defende ele, que enxerga no momento necessidade de ser revista a "política de alianças". Altman sugere: o PT poderia forjar uma frente parlamentar de esquerda, que agrupasse, além de partidos, movimentos sociais e sindicatos, por exemplo, "em defesa de um programa mínimo de reformas".


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