BAHIA

Cira do Acarajé, conhecida como rainha do quitute, morre em Salvador

Figura conhecida na capital baiana por fazer um dos melhores acarajés da Salvador, Jaciara de Jesus, conhecida como Cira, morreu nesta sexta-feira (4). Com problemas renais, ela estava internada há 18 dias no Hospital São Rafael, também na capital baiana. 

Cira ficou famosa pelo seu acarajé, colecionando diversas premiações ao longo dos 50 anos em que preparou e vendeu a receita que aprendeu com sua mãe. A baiana vendia os quitutes em diferentes bairros da cidade, em Itapuã e no Rio Vermelho e Lauro de Freitas.ACM NETO – O prefeito de Salvador, AMC Neto, lamentou a perda e ressaltou a importância da baiana para a cultura nas suas redes sociais “A Bahia perde um patrimônio, um ser humano querido pelos baianos e por todas as pessoas que visitaram Salvador nos últimos anos. Cira herdou uma tradição que vem de geração em geração, e soube acrescentar o seu toque especial, tornando o seu acarajé um dos preferidos da Bahia”.

 

 

 

Durante a pandemia, como forma alternativa de renda enquanto os tabuleiros seguiam fechados, Cira, pela primeira vez em décadas, passou a vender seu acarajé nas casas dos clientes.

 

Cira deixa cinco filhos (Jussara, Cristina, Cristiane, Carlos e Renê) e 8 netos no dia de Santa Bárbara e Iansã, que no sincretismo afro-brasileiro é Iansã, orixá considerada a mãe das baianas de acarajé. O bolinho de feijão fradinho frito em dendê tem função sagrada no candomblé. Para o generoso e sensual rei Xangô, comandante dos trovões e da justiça, oferecem-se os maiores, enquanto os pequenos e redondos se destinam a Iansã, uma de suas mulheres, guerreira incansável, orixá dos ventos e das tempestades.

 

 

 

 


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