BRASIL

Comissão do Senado cobra posição brasileira sobre crise na Crimeia

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado aprovou hoje (20) requerimento do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) para convidar o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, e os embaixadores no Brasil da Ucrânia, Rostyslav Tronenko, e da Rússia, Sergey Akopov, para falar sobre a crise na Crimeia.

Presidente da comissão, o senador disse que cada convidado deve participar de audiência pública em dias diferentes, e que os três encontros poderão ajudar os senadores a conhecer as visões políticas a respeito de uma crise política que pode ter repercussão em todo o mundo. Ele manifestou preocupação com o possível uso da força em substituição à diplomacia. Ferraço cobra também uma posição do governo brasileiro sobre o conflito.

Segundo o senador, se o Brasil deseja ter protagonismo internacional, deve se posicionar sobre questões com tal relevância. “Na prática, estamos achando que [o Brasil] está absolutamente tímido, inibido, diante das circunstâncias. É necessário que o governo brasileiro se posicione”, afirmou.

“Acho que o Brasil deve ter uma posição de princípios, independentemente das circunstâncias comerciais. A nossa diplomacia, a nossa tradição é que os povos devem ter autodeterminação, de que em hipótese alguma podemos suportar a violação dos direitos humanos”, disse.

O embaixador da Ucrânia no Brasil, um dos convidados para falar na próxima semana, teve um encontro hoje com membros da comissão e disse que seu país está sofrendo uma agressão brutal por parte da Rússia. Ele espera o apoio do Brasil, assim como o apoio dado pelas grandes potências.

“Nós esperamos do Brasil, assim como se mostrou em países da União Europeia e dos Estados Unidos, que apoie a nossa soberania, integridade territorial e nossa independência. Porque todas essas vertentes foram violadas pelo nosso vizinho. Não reconhecemos o plebiscito, que foi uma farsa política financiada e orquestrada pelo nosso vizinho”, disse Tronenko.

(Agência Brasil)


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