BRASIL

Comitê Cientifico do Consórcio Nordeste contesta ANVISA em demora para autorizar Sputinik e confirma eficácia de vacina em 91,6%

Por Walter Santos 

” Diante desta pandemia, não podemos deixar que entraves burocráticos prejudiquem o acesso da população a uma vacina que comprovou sua eficácia,segurança e com real garantia de disponibilidade, como a Sputnik-V, pelo esforço do Consorcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste” – é o que diz o Comitê Científico do Consórcio Nordeste presidido pelo cientista Sérgio Rezende e Carlos Gaba contestando publicamente a decisão da ANVISA de protelar a liberação da vacina russa, além de atestar a garantia de eficiência da Sputinik com 91,6%, cujo documento a reportagem da Revista NORDESTE teve acesso.

 

– A Eficácia da vacina foi de 91,6% (IC 95% 85,6–95,2), e já está aprovada e em uso em diversos países. A Argentina e a Hungria já anunciaram resultados iniciais de efetividade com esta vacina e foram bastante promissores, garante o Comitê Cientifico ao acrescentar:

 

– Também com a tecnologia de vetores virais temos a vacina produzida pelo
Instituto Gamaleya, de Moscou, a Sputnik V. A vacina utiliza como vetores virais o  Ad26 na primeira e o Ad5 na segunda dose, garantiu.

 

INSISTEM NA APROVAÇÃO– Diante da gravidade da Covid e do excesso de burocracia da ANVISA, “o Consórcio Nordeste e os nove governos estaduais que o integram,extremamente preocupados com as dificuldades de disponibilidade de vacinas para o Brasil, conseguiu avançar na negociação de doses deste Instituto para o país e aguarda a aprovação da ANVISA para que possamos contar com mais uma opção de vacina”, observa para assegurar em seguida:

 

– Os estudos publicados de fase 2 da vacina Sputnik-V testaram duas formulações baseadas em dois subtipos do adenovírus e todos os participantes produziram anticorpos contra a glicoproteína do SARS-CoV-2, com uma taxa de soroconversão de 100% após 42 dias da aplicação. Também foi avaliada a resposta celular no 28º dia, com detecção de proliferação de linfócitos T CD4 e CD8 em todos os estudados, frisou o Comitê.

 

E complementa ao final:

 

– O estudo de fase 3 teve como desfecho primário analisar a proporção de participantes com COVID-19 confirmado por PCR a partir do dia 21 após receber a primeira dose, mostrou que dos 14.964 participantes no grupo da vacina, 16 (0,1%) tiveram a doença, comparando com 62 (1,3%) dos 4.902 no grupo do placebo, constata o Comitê Cientifico do Consórcio Nordeste.


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