NORDESTE

Comitê Nordeste garante: pico de mortes da Covid-19 e casos não deve ocorrer antes de junho e lockdown deve ser planejado

O Comitê Científico do Consórcio Nordeste para o enfrentamento da COVID-19 publicou, nesta terça-feira (5), novo boletim com recomendações aos governadores e prefeitos dos Estados e municípios da região.

Foram recomendadas medidas como a Manutenção do isolamento social; critérios quantitativos para lockdown; contratação de médicos intensivistas; centralização das vagas em UTIs; Proteção às equipes de saúde; dentre outras.

Os últimos dados apontam que os picos do número diário de novos casos da COVID-19 e de mortes não serão atingidos antes do mês de junho, diz o relatório.

“É fundamental que Governadores e Prefeitos ampliem as medidas restritivas de isolamento social e intensifiquem as campanhas de esclarecimento da população sobre o comportamento necessário até que a evolução da epidemia indique que as medidas possam ser flexibilizadas”, diz.

O Comitê recomendou aos Estados que estabeleçam critérios objetivos para decretação de lockdown, associando medidas legais, políticas e de segurança que deem sustentação à eventual ocorrência. O planejamento é que o Lockdown ocorra de maneira seletiva, em algumas cidades ou regiões.

“Os Estados do Nordeste do Brasil deverão decretar lockdown quando os números de leitos hospitalares tenham superado 80% de ocupação e, ao mesmo tempo, a curva de casos e de óbitos seja ascendente”, continua.

Regulação de UTIs
O Comitê Científico recomendou que todos os Estados estabeleçam procedimentos de regulação do acesso aos leitos de UTI a partir de critérios técnicos, clínicos e sanitários, com o objetivo de organizar fila única de acesso da população aos serviços de forma universal e igualitária.

Testagem
Segundo o relatório, os testes para COVID-19 por RT-PCR são estratégicos para o combate à COVID-19: “Todos os países que controlaram a COVID-19 usaram como estratégia a testagem em massa e isolamento social rigoroso. Dos testes dependem três aspectos essenciais”.

“É necessário que cada Estado tenha uma coordenação política e técnica de testagem, claramente definida para atender com urgência à quantificação e ampliação da capacidade de testes, que se comunique diariamente com os laboratórios responsáveis pelos testes”, diz ainda.


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