BRASIL

Coordenador de Campos, Carlos Siqueira, deixa campanha de Marina Silva

O coordenador da campanha de Eduardo Campos à Presidência da República e secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, deixou o cargo nesta quinta-feira (21). Conforme o G1 apurou, há divergências entre os dois e a tendência é que o deputado licenciado Walter Feldman (PSB-SP) assuma a coordenação da campanha da ex-senadora.

Marina foi oficializada nesta quarta (20) como candidata da legenda ao Palácio do Planalto em chapa formada com o deputado Beto Albuquerque (RS). Nesta quinta, a direção nacional do PSB se reunirá com os partidos que compõem a coligação Unidos pelo brasil para sacramentar a nova chapa. O partido tem até sábado (23) para registrar a candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


A saída de Siqueira já era especulada desde esta quinta. O candidato a vice-governador de São Paulo, deputado Márcio França (PSB), havia dito a jornalistas que o "natural" seria Marina Silva montar uma equipe de coordenação de campanha que fosse de sua confiança. França avaliou que mudanças poderiam ocorrer em razão de o PSB ter incorporado políticos da Rede Sustentabilidade, partido fundado por Marina no ano passado e que não obteve registro do TSE.


O deputado paulista chegou a afirmar que Marina é “candidata da Rede com apoio do PSB”. Na avaliação de França, “não tem problema” no fato de a candidata à Presidência readequar a coordenação de campanha com pessoas próximas a ela.


A indicação de Marina e Beto Albuquerque para a disputa presidencial gerou um mal-estar com parte dos seis partidos que fazem parte da coligação (PSB, PPS, PPL, PHS, PSL e PRP).


Nesta quarta, após o PSB anunciar os nomes dos substitutos de Eduardo Campos na corrida presidencial, o presidente do PSL, Luciano Bivar, afirmou que seu partido deixará a coligação Unidos pelo Brasil. O dirigente diz não ter sido consultado sobre a mudança de candidato da aliança.

O PHS também manifestou crítica ao processo de escolha da nova chapa. Segundo o presidente da legenda, Eduardo Machado, o processo foi "mal conduzido" e tem sido "deselegante".


Indagado sobre as reclamações dos aliados após o ato de oficialização de Marina, o presidente do PSB, Roberto Amaral, negou que existam “desarranjos” e afirmou que a decisão do PSB só poderia ser levada às demais legendas após conversas internas.


“Não tenho notícias – e repetirei isso quantas vezes for preciso – de que haja problemas e desarranjos ou desentendimentos com os demais partidos. Eu não poderia discutir com os demais partidos o nome do PSB enquanto o PSB não tivesse um nome. O PSB só tem um nome, oficialmente, a partir de hoje [quarta, 20]”, disse Amaral.


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