ARQUIVO NORDESTE

Crise da engenharia reduz faturamento do setor em 65%

A crise da engenharia reduziu em 65% o faturamento em 2015. Segundo dados do Portal da Transparência, as dez empreiteiras investigadas na operação Lava Jato ou que tiveram dirigentes já condenados na Justiça por corrupção e lavagem de dinheiro receberam de contratos da União este ano R$ 1,184 bilhão, 64,7% a menos do que os R$ 3,353 bilhões pagos em 2014.

No levantamento feito pelo Globo, os repasses em 2015 à Odebrecht, que liderava o ranking no ano passado, caíram 76% – de R$ 1,13 bilhão pelas obras do projeto de desenvolvimento do submarino nuclear brasileiro (Prosub), para R$ 269,6 milhões.

A Queiroz Galvão foi a única das dez empreiteiras incluídas no levantamento que conseguiu aumentar o valor recebido, de 60% em relação a 2014, passando de R$ 250 milhões para R$ 399,6 milhões. Suas principais obras foram um trecho da Ferrovia Norte-Sul, a segunda ponte sobre o Rio Guaíba (RS) e construções relacionadas ao eixo norte da transposição do Rio São Francisco.

A presidente Dilma Rousseff assinou na semana passada uma medida provisória (MP) que permite a participação do Ministério Público em acordos de leniência firmados com empresas privadas acusadas de corrupção e dá a essas empresas o direito de continuar participando de contratos com a administração pública caso cumpram penalidades e demais condições legais.

Segundo ela, o objetivo das mudanças na legislação é dar celeridade aos acordos de leniência “sem destruir empresas ou fragilizar a economia”. Ela disse que é interesse do governo e da sociedade combater a corrupção, mas deve-se evitar que esse combate cause “prejuízos ainda maiores” ao país. “Acelerar acordos de leniência para melhorar economia significa preservar empresas, que são elementos de difícil construção em qualquer país”, afirmou Dilma.

Brasil 247


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