BRASIL

Cunha: “Não vou retaliar quem quer que seja”

Um dia depois de ter sido denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro ao Supremo Tribunal Federal por suposto envolvimento no esquema investigado pela Operação Lava Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se declarou "absolutamente inocente" das acusações nesta sexta-feira 21.

Cunha assegurou que não deixará, "sob hipótese alguma", o comando da Casa. "Renúncia" e "covardia" não fazem e não farão parte de seu vocabulário, disse o peemedebista, durante evento na sede da Força Sindical em São Paulo, no bairro da Liberdade, onde recebeu apoio dos metalúrgicos. Ele foi recebido no ato sob gritos de "guerreiro do povo brasileiro".

"Não adianta nenhuma especulação sobre o que vou fazer ou deixar de fazer. Não vou abrir mão de nenhum direito. Não há a menor possibilidade de eu me fastar do comando da Câmara, abrindo mão daquilo que a maioria absoluta me elegeu em primeiro turno. Renúncia é um ato unilateral. Renúncia não faz parte do meu vocabulário, e não fará, assim como covardia não faz parte do meu vocabulário, e nem fará", discursou.

Como em nota divulgada ontem, ele voltou a dizer que está tranquilo, "até porque esses processos são muito longos". Cunha lembrou que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também é denunciado e mesmo assim tem "todas as condições" de comandar a Casa.

Na denúncia, Janot acusa Cunha de ter recebido ao menos ao menos US$ 5 milhões em propina e pede "restituição do produto e proveito dos crimes no valor de US$ 40 milhões e a reparação dos danos causados à Petrobras e à Administração Pública também no valor de US$ 40 milhões". O procurador-geral também pediu 184 anos de prisão para o deputado.

Brasil 247


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