RIO GRANDE DO NORTE

Custos com instalação vão definir sede da Latam no Nordeste

A instalação do centro de conexões de voos nacionais e internacionais da Latam no Nordeste será definida pelo menor custo para instalação e operação, a ser apresentada pelos estados. Uma planilha financeira será formatada pela consultoria e vice-presidência da Lan, para detalhar a projeção de receita e despesas em Natal, Recife e Fortaleza. A previsão é que em até oito semanas o estudo esteja concluído, quando a companhia volta a conversar com os três estados sobre a redução dos custos e condições mais favorável para decidir o investimento. A definição quanto ao local da sede só sairá no mês de dezembro.

Ontem, a presidência da Latam entregou os relatórios, encomendado à consultoria Oxford Economics, com análise da capacidade de crescimento econômico do Estado e o impacto que o hub da Latam provocará, no estado escolhido, além de apontar vantagens e pontos desfavoráveis. A reunião aconteceu, em São Paulo, com a comitiva do Rio Grande do Norte na tarde desta quinta-feira (17), que não teve acesso aos dados dos estados concorrentes.

O Rio Grande do Norte foi apontado como o estado que será melhor impactado com a instalação do Hub. Com projeção de crescimento do PIB de 7,2%, nos cinco primeiros anos e de 3,2% na geração de empregos. Com um incremento de US$ 374 milhões (R$ 1,5 bilhão) em recursos circulando, por ano, na economia do Estado. Isso representa R$ 7,1 bilhões em um período de cinco anos, considerando a cotação atual. A estimativa de geração de empregos diretos e indiretos é de 24 mil, cerca de 2,5 vezes superior aos 10 mil empregos divulgados inicialmente.

ara o prefeito Carlos Eduardo, o relatório indica o poder de transformação do Hub para o Rio Grande do Norte, que passaria a ter acesso a novos mercados consumidores, atraindo investimentos estrangeiros e com capacidade de acelerar o desenvolvimento econômico na hora que aumenta a competitividade do mercado local. “Nossa economia de serviços passaria a ter um alto valor agregado", avaliou o prefeito, após a reunião.

A infraestrutura aeroportuária, com capacidade de expansão e o fato de ser uma concessão privada foram apontados como vantagens do Estado, além da localização estratégica do estado em relação ao continente europeu, africano e aos Estados Unidos. A executiva da TAM ressaltou a necessidade de segurança jurídica para ser trabalhado investimentos de longo prazo e não projetos de governo. “O fato de ser privado foi levado em conta por atribuir segurança jurídica para as operações”, acrescenta Ruy Gaspar

Para a senadora Fátima Bezerra a capacidade de expansão e estrutura para receber até 6 milhões de passageiros ao ano oferece melhor logística para atuar na área de cargas e passageiros. “Estamos cada vez mais confiantes, porque reunimos as melhores condições técnicas e este será o caráter da decisão”, afirma Fátima.

A parceria da companhia com o Consórcio Inframérica, responsável pela gestão do Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em em São Gonçalo do Amarante e Brasília, foi posto também como vantagem. “A TAM já possui o hub internacional da TAM no Terminal de Brasília, o que permite conhecer a sistemática de funcionamento e os custos praticados pela Inframérica”, disse Fred Queiroz.

O menor PIB entre os três destinos que disputam a vaga de sede foi apontado como fator negativo para Natal, além da demanda por passageiros ser inferior ao registrado em Fortaleza e Recife, segundo o estudo. Isso por ser a menor economia, o que significa capacidade de receita menor. O relatório foi entregue ao governador Robinson Faria, os prefeitos de Natal, Carlos Eduardo Alves, e de São Gonçalo do Amarante e Jaime Calado, além dos senadores Fátima Bezerra e José Agripino e dos deputados federais Felipe Maia e Fábio Faria. 


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