ALAGOAS

Deputados aprovam reajuste de servidores do Estado

Por unanimidade, os deputados estaduais aprovaram o reajuste salarial para os servidores estaduais. A votação aconteceu, em regime de urgência, em sessão ordinária e extraordinária, na tarde desta quarta-feira (02).

Os Projetos de Lei, de origem do Executivo, reajustam os salários dos servidores estaduais em 5% e dos professores e servidores da Educação, em 7%, conforme havia definido o governador Rena Filho (PMDB).

A votação aconteceu um dia após a aprovação do requerimento de votação em regime de urgência, protocolado pelo líder do governo na Casa, deputado Ronaldo Medeiros (PT). O projeto passou pelas comissões de Constituição e Justiça, Orçamento e Finanças e também na comissão de Administração, presidida pelo deputado Antônio Albuquerque (PRTB), que se negou a apreciar a matéria em bloco, após a sessão de ontem.

Antes da votação, o deputado Rodrigo Cunha (PSDB) criticou o fato de a Secretaria de Estado da Educação (SEE), em meio à greve dos servidores, anunciar a abertura de processo seletivo para a contratação de monitores. “Não adianta investir em novas escolas, beneficiando os alunos, sem pensar na valorização dos professores. Se não houver a valorização dos professores, toda a expectativa será frustrada. No lugar de dar gratificações, capacitar os professores já existentes, ou chamar a reserva técnica do último concurso, o Estado está anunciando a seleção para monitores, que são contratados para um ou dois anos e não há continuidade. Quem perde com isso são os alunos. O governador Renan Filho disse que a grave não teve grande adesão, enquanto o Sinteal disse que foi de setenta por cento”, criticou Cunha.

Em resposta, o deputado Ronaldo Medeiros, líder do governo na Casa, explicou que o Estado foi o único no Nordeste que deu um aumento de 7% aos professores e que a contratação de monitores acontece por não ter como fazer concursos devido à Lei de Responsabilidade Fiscal. “Não é o que os professores merecem, mas Alagoas foi o Estado que deu o maior reajuste. Além disso, o secretário e vice-governador, Luciano Barbosa, está investido nas melhorias da Educação. Escola em Tempo Integral já é uma realidade, diferente da gestão passada, em que a secretaria era cigana e que não houve nenhum projeto relevante”, alfinetou Medeiros, lembrando as diferentes nomeações de secretários de Educação no Governo Vilela.

 

Percentual não agrada aos servidores

O valor do reajuste concedido pelo governo e aprovado pelos deputados não agrada aos servidores. Na semana passada eles realizaram um protesto em frente à Assembleia ao saber que o Projeto de Lei havia sido enviado à Casa de Tavares Bastos para pedir apoio aos deputados.

Na oportunidade, os representantes das categorias reclamaram da falta de diálogo. “Queríamos o retorno das negociações. Nós da Educação estamos em greve desde o dia dezesseis de julho e não houve diálogo. Por lei, temos direito a 13,01%, e o governador decidiu por 7% e não nos recebeu mais”, reclamou a represente do Sinteal, Girlene Lázaro.

Os servidores estaduais também não ficaram satisfeito com o valor de 5%, enquanto o reivindicado era de 6,47%.

Izabelle Targino
Alagoas 24 horas


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