BAHIA

Desemprego diminui em Salvador

As informações captadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego, analisadas pela Superintendência de estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), mostram que a taxa de desemprego total da Região Metropolitana de Salvador diminuiu, ao passar de 24,1% para 23,7% da População Economicamente Ativa (PEA), entre agosto e setembro de 2017. Houve redução da taxa de desemprego aberto, de 17,2% para 16,7%, e relativa estabilidade da taxa de desemprego oculto, de 7,0% para 6,9%.

A Pesquisa de Emprego e Desemprego é analisada pela SEI em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a Fundação Seade do Estado de São Paulo, a Secretaria de Trabalho do Estado da Bahia (SETRE), e conta com o apoio do Fundo de Amparo ao Trabalhador do Ministério do Trabalho.

O contingente de desempregados foi estimado em 456 mil pessoas (menos 12 mil em relação ao mês anterior). Este resultado decorreu da redução da PEA (-0,9% ou -17 mil) concomitante à variação negativa do número de postos de trabalho (-0,3% ou -5 mil) (Tabela 1). A taxa de participação – indicador que estabelece a proporção de pessoas com 10 anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – decresceu de 57,6%, em agosto, para 57,0%, em setembro.

No mês de setembro, o contingente de ocupados variou negativamente (-0,3% ou -5 mil) e foi estimado em 1.469 mil pessoas. Segundo os setores de atividade econômica analisados, houve acréscimo na Construção (5,9% ou 7 mil), na Indústria de transformação (2,8% ou 3 mil) e no Comércio e reparação de veículos (2,5% ou 7 mil), e declínio nos Serviços (-1,9% ou -18 mil).

Segundo a posição na ocupação, o contingente de trabalhadores assalariados reduziu-se (-1,6% ou -15 mil), com decréscimo no setor privado (-1,9% ou -16 mil) e relativa estabilidade no setor público (0,7% ou 1 mil). No setor privado, houve retração no número de postos com carteira de trabalho assinada (-2,4% ou -18 mil) e pequeno aumento no daqueles sem registro em carteira (2,4% ou 2 mil). Houve, ainda, aumento no agregado outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares, donos de negócio familiar, etc. (9,5% ou 8 mil) e no número de trabalhadores autônomos (1,6% ou 5 mil), enquanto diminuiu o contingente de empregados domésticos (-2,6% ou -3 mil).

Entre julho e agosto de 2017, o rendimento médio real diminuiu para os ocupados (-2,6%) e para os assalariados (-2,8%). Em valores monetários, passaram a equivaler a R$ 1.493 e R$ 1.552, respectivamente.

A massa de rendimentos reais retraiu-se entre os ocupados (-3,2%) e entre os assalariados (-4,5%). Em ambos os casos, o comportamento derivou do decréscimo no rendimento médio real e, em menor proporção, do nível de ocupação.

Comportamento em 12 meses – Entre os meses de setembro de 2016 e de 2017, a taxa de desemprego total na RMS declinou, ao passar de 25,5% para 23,7% da PEA. Esse resultado derivou da redução da taxa de desemprego aberto (de 18,0% para 16,7%) e da taxa de desemprego oculto (de 7,5% para 6,9%).

O contingente de desempregados diminuiu em 37 mil pessoas. Tal comportamento decorreu da elevação no nível de ocupação (2,1% ou mais 30 mil postos de trabalho) e da oscilação negativa da População Economicamente Ativa − PEA (-0,4% ou menos -7 mil pessoas na força de trabalho da região). A taxa de participação diminuiu de 58,3% para 57,0%.

Nos últimos 12 meses, o número de ocupados aumentou 2,1%, ao passar de 1.439 mil para 1.469 mil pessoas. Setorialmente, houve aumento na Construção (15,7% ou 17 mil), nos Serviços (2,4% ou 22 mil) e, em menor magnitude, no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (1,0% ou 3 mil) e redução na Indústria de transformação (-4,4% ou -5 mil).

Segundo a posição na ocupação, nos últimos 12 meses, o emprego assalariado declinou (-3,4% ou -33 mil), devido ao decréscimo no setor privado (-3,3% ou -28 mil) e no setor público (-3,6% ou -5 mil). No setor privado, reduziu o número de assalariados com carteira assinada (-1,9% ou -14 mil) e daqueles sem registro em carteira (-14,1% ou -14 mil). Constatou-se, ainda, aumento no agregado outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros (26,0% ou 19 mil) e no contingente de trabalhadores autônomos (16,8% ou 46 mil), enquanto retraiu o número de empregados domésticos (-1,8% ou -2 mil). Entre agosto de 2016 e 2017, o rendimento médio real aumentou para os ocupados (4,4%) e para os assalariados (2,3%).

Nesse período, houve aumento na massa de rendimentos reais dos ocupados (7,8%) e na dos assalariados (2,9%). Em ambos os casos, como resultado do acréscimo do rendimento médio real e, em menor proporção, do nível de ocupação.

Brasil 247


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