BRASIL

Dilma convoca reunião de emergência de coordenação política

A presidente da República, Dilma Rousseff, convocou de última hora uma reunião de emergência e coordenação política, para tratar entre outros temas da agenda do Congresso para essa semana e também fazer uma avaliação do "calor das manifestações" de acordo com fontes do Planalto.

Após a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na sexta-feira passada, a avaliação é que os protestos contra a presidente, marcados para o próximo domingo, 13, ganharam adesão significativa. Além disso, com a reação da militância do PT, que também promete protestar no mesmo dia, há um temor de violência e dos impactos na crise política.

Apesar de ser tratada por interlocutores como reunião de coordenação política, uma fonte afirmou que será uma reunião "enxuta", apenas com a participação dos ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria Geral) e o assessor especial da presidente, Giles Azevedo. Inicialmente, os líderes do governo – que costumam participar das reuniões de coordenação – foram chamados, mas depois foram "desconvidados" e não participarão do encontro.

Dilma chegou a Brasília por volta das 14 horas em Brasília e havia atualizado a agenda para receber o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, no horário da agora reunião de emergência. Wagner acompanhou a presidente Dilma no último sábado em uma visita de solidariedade ao ex-presidente Lula, após sua condução coercitiva na 24ª fase da Operação Lava Jato.

Nesta segunda-feira, 7, em cerimônia de entrega de casas do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Caxias do Sul (RS), a presidente usou seu discurso para reforçar sua "indignação" com a operação a Polícia Federal. Num discurso rápido, ela disse que não tem o menor sentido ter conduzido seu padrinho político 'sob vara' para prestar o depoimento.

E utilizando os mesmos argumentos que o ex-presidente usou na sexta-feira, em pronunciamento feito na sede nacional do PT, horas depois de prestar o depoimento, e de lideranças do PT, para dizer que ele "jamais se recusou a depor". E frisou: "Justiça seja feita, Lula nunca se julgou melhor do que ninguém."

IG


Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

Recomendamos pra você


Receba Notícias no WhatsApp