BRASIL

Dilma dá posse a 10 ministros e pede dedicação da equipe

A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira que as reformas ministerial e administrativa anunciadas na semana passada terão mais desdobramentos com o objetivo de ter Estado mais eficiente, garantindo parcimônia de gastos e equilíbrio na sua coalizão de governo.

"Recomendo a todos muita dedicação, pois temos um Brasil para governar até 2018", disse Dilma em referência indireta a movimentos que querem sua saída da Presidência.

"As reformas que anunciamos e que se iniciam agora terão novos desdobramentos. Por meio dessas ações, buscamos atender à exigência justa e atual por um Estado mais eficiente, mais focado e mais capacitado para garantir a parcimônia em seus gastos", disse Dilma.

A reforma reduziu de 39 para 31 o número de pastas com status de ministério. As pastas do Trabalho e da Previdência Social foram fundidas no Ministério do Trabalho e da Previdência Social. Já as secretarias de Direitos Humanos, Promoção da Igualdade Racial e de Políticas para as Mulheres foram unificadas no Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.

Também foi criada a Secretaria de Governo, a partir da fusão da Secretaria-Geral da Presidência, Secretaria de Relações Institucionais, Gabinete de Segurança Institucional e Secretaria da Micro e Pequena Empresa.

O Ministério da Pesca foi extinto e teve suas atividades incorporadas pelo Ministério da Agricultura, e a Secretaria de Assuntos Estratégicos foi incorporada pelo Ministério do Planejamento.

Abaixo, reportagem da Agência Brasil:

Dilma dá posse a dez ministros e pede dedicação da equipe para governar até 2018

Luana Lourenço – A presidenta Dilma Rousseff deu posse hoje (5) a dez ministros que passaram a integrar o governo ou trocaram de pasta na reforma anunciada na última semana. Na solenidade, Dilma pediu aos novos e atuais membros da equipe que trabalhem com dedicação para ajudá-la em seu mandato. "Recomendo muita dedicação, pois temos um Brasil para governar até 2018."

Em discurso, Dilma voltou a afirmar que a reforma dará mais qualidade à gestão dos gastos públicos e que é um ato típico de um governo de coalizão, que precisa reorganizar forças internas. Segundo a presidenta, as mudanças são importantes para que o Brasil possa reequilibrar as contas públicas e voltar a crescer.

"Todos queremos um Estado mais preparado para realizar o reequilíbrio fiscal necessário, imprescindível para a retomada do crescimento. Estamos empenhados nesse reequilíbrio das contas, na redução da inflação e na recuperação da confiança dos investidores", disse a presidenta. "Estamos mobilizados com o propósito único de fazer, o mais rápido possível, a travessia para uma nova etapa de nosso desenvolvimento, baseada na geração de empregos e oportunidades para os brasileiros e brasileiras."

As mudanças na equipe ministerial, que teve oito das 39 pastas extintas, foram anunciadas junto com um pacote de medidas administrativas para reduzir gastos do governo, como o corte de 30 secretarias nacionais e de 3 mil cargos comissionados, a redução de 10% nos salários dos ministros, limite de gastos com passagens aéreas, diárias e telefonia e revisão dos contratos de aluguel e prestação de serviços.

"Trata-se de um conjunto de ações que se iniciam agora, mas que terão novos desdobramentos. Buscamos atender a exigência justa de um Estado mais eficiente, mais focado e mais capacitado para garantir a parcimônia de seus gastos", destacou Dilma.

Na cerimônia coletiva, no Palácio do Planalto, dez ministros foram empossados: Ricardo Berzoini, que vai comandar a Secretaria de Governo; Miguel Rossetto, o Ministério do Trabalho e Previdência Social; Nilma Lino Gomes, o Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos; Marcelo Castro, o Ministério da Saúde; Aloizio Mercadante, que volta para o Ministério da Educação; Jaques Wagner, que assumiu a Casa Civil; Aldo Rebelo, o Ministério da Defesa; Celso Pansera, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; Helder Barbalho, o Ministério dos Portos e André Figueiredo, o das Comunicações.

As solenidades de transmissão de cargo ocorrerão ao longo da semana.

Também foram empossados o chefe da Casa Militar, que vai substituir o extinto Gabinete de Segurança Institucional, general Marcos Antonio Amaro dos Santos; e os secretários especiais da Previdência, Carlos Gabas; do Trabalho, José Lopez Feijóo; das Mulheres, Eleonora Menicucci; da Igualdade Racial, Ronaldo Barrros; e dos Direitos Humanos, Rogério Sottili.

Aos ministros que deixaram o governo hoje, a presidenta fez um agradecimento pelo trabalho e desejou sucesso em novas iniciativas. "Mais uma vez agradeço imensamente aos companheiros e amigos que deixam o meu governo. Foi uma honra para mim tê-los na minha equipe. Sei que todos vocês têm forte compromisso com o Brasil e com o futuro do país, por isso estou certa que qualquer que seja a tarefa que venham a exercer, continuarão dedicados a fazer o melhor para construir um país mais justo e mais desenvolvido". 


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