BRASIL

Dilma defende Petrobras e diz que ‘nada nem ninguém’ conseguirá destruí-la

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira que "nada nem ninguém" conseguirá destruir a Petrobras, em meio à polêmica sobre a compra de uma refinaria pela empresa nos Estados Unidos e após um ex-diretor da companhia ter sido detido em uma operação da Polícia Federal que investiga lavagem de dinheiro. A estatal é alvo de CPIs no Congresso para investigar supostas irregularidades em contratos.

"Nós sabemos que a Petrobras é a maior e mais bem-sucedida empresa brasileira. Ela é a maior empresa desse país. E esse título dificilmente alguém irá tomar da Petrobras", afirmou Dilma durante cerimônia de batismo e viagem inaugural de navios petroleiros em Ipojuca (PE). Dilma disse ainda que defenderá a Petrobras com "todas as forças" diante dos querem tirar proveito político e que combaterá qualquer tipo de corrupção envolvendo a empresa. "Como presidenta, mas sobretudo como brasileira, eu defenderei em quaisquer circunstâncias e com todas as minhas forças a Petrobras", afirmou.

"A Petrobras jamais vai se confundir com qualquer mal feito, com corrupção ou qualquer ação indevida de quaisquer pessoas, das mais graduadas às menos graduadas. Nós, com determinação, estamos aqui nos comprometendo, a cada dia que passa, que o que tiver de ser apurado vai ser apurado com o máximo de rigor. O que tiver de ser punido vai ser punido também com o máximo de rigor", disse Dilma.

E reiterou o combate à corrupção e eventuais irregularidades. "Não transigirei em combater todo tipo de malfeito, ação criminosa, tráfico de influência, corrupção ou ilícito de qualquer espécie, seja ele cometido por quem quer que seja. Mas, igualmente, não ouvirei calada a campanha negativa dos que por proveito político não hesitam em ferir a imagem desta empresa."

Alvo de CPIs

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou na semana passada o relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR) favorável a uma CPI da Petrobras ampla, que investigue não apenas a compra da refinaria de Pasadena (EUA) e outras denúncias de má gestão da estatal, mas também denúncias de irregularidades nos metrôs de São Paulo e do Distrito Federal e no porto de Suape, em Pernambuco. Com a decisão da CCJ, vai a votação no Plenário o parecer favorável a uma CPI ampla.

A oposição, por outro lado, tenta no STF por meio de um mandado de segurança promover a instalação imediata de uma comissão específica para apurar denúncias envolvendo a estatal – argumentando que a inclusão de fatos alheios à esfera da estatal fere o direito da minoria de fiscalizar o governo. Já a base de apoio de Dilma alega que os novos temas, assim como a Petrobras, estão interligados por usar recursos federais. E o PT, para tanto, também recorreu ao Supremo. O caso está nas mãos da ministra Rosa Weber, que deu 48 horas para Renan Calheiros se manifeste sobre os mandados de segurança. 

iG


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