Prestes a entrar em um 2016 tenso, a presidente Dilma Rousseff se prepara usando amuletos e talismã contra o azar nesta virada do ano, conforme destaca a jornalista Vera Rosa em reportagem nesta quinta-feira 31. Já conhecida em diversas fotos, uma antiga pulseira de olho grego no braço esquerdo será a companheira da presidente.

Dilma terá de enfrentar no próximo ano um cenário tão difícil quanto o de 2015. Afinal, as crises política e econômica continuam, sem falar no processo de impeachment, que finalmente terá sequência, logo nos primeiros meses. Mas que ela assegura que não vingará.

"Não acharam nem vão achar uma vírgula que possa me incriminar", afirma a presidente, como já o fez em vários discursos desde que o pedido de abertura do processo de impeachment foi aceito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no início de dezembro.

"Tem gente que quer que o céu caia sobre a minha cabeça, mas eu aguento bem a pressão. A única pessoa que pode derrotar você é você mesma", ressalta ainda a presidente, demonstrando ser resistente a qualquer desejo de queda por parte dos adversários.

O ano realmente não foi fácil para a presidente. Depois de descobertas frequentes de corrupção na Petrobras pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, Dilma perdeu a força da base no Congresso, viu ganhar força o movimento pelo impeachment e seu próprio vice, Michel Temer, se virar contra ela – assim como o PMDB, principal aliado do governo, ameaçar deixar o apoio.

Também houve inúmeras dificuldades na economia, como o anúncio do necessário ajuste fiscal – tão criticado por petistas e por movimentos sociais –, a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com críticas ao governo e os resultados do PIB. Com seu principal adversário, Eduardo Cunha, houve embates diários por meio da imprensa.

Nada indica que 2016 será mais fácil. Por isso Dilma Rousseff, supersticiosa, coloca tanta fé em sua pulseira de olho grego.

Brasil 247