PARAÍBA

Drones rastream focos do mosquito Aedes aegypti em João Pessoa

Para fortalecer a série de ações que já têm sido realizadas no combate ao mosquito Aedes aegypti, a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) investe em tecnologia na guerra ao transmissor da dengue, da chincungunya e zika vírus, um dos responsáveis pelos casos de microcefalia. Durante 10 dias, a aeronave não tripulada vai mapear imóveis abandonados e terrenos baldios, para identificar possíveis focos do mosquito. As imagens serão monitoradas em tempo real.

A partir desta quinta-feira (17), o equipamento irá sobrevoar diariamente áreas já mapeadas pelos agentes de endemias. A primeira ação acontecerá no bairro de Valentina, que hoje está entre as cinco localidades com maior incidência de dengue da capital paraibana. Na sexta-feira (18), o equipamento será utilizado nos bairros de Cristo Redentor e Rangel.

O drone capta imagens em formato fullhd, ampliando as possibilidades de identificação até de criadouros menos perceptíveis do Aedes aegypti. Os equipamentos reforçarão a medida tomada pela Prefeitura de João Pessoa de, por meio de liminar, conseguir o ingresso dos agentes em residências fechadas ou abandonadas, e com suspeita de apresentar focos do mosquito.

A secretária de Saúde de João Pessoa, Aleuda Cardoso, explica que, com a entrada do drone em operação, a Prefeitura cria uma nova frente de ação do Plano Municipal de enfrentamento ao mosquito. “Além de intensificar as visitas dos agentes de endemias, a prefeitura tem realizado a limpeza de terrenos baldios e notificou proprietários para que tomem as providências necessárias para eliminar focos do mosquito, por se tratar de uma questão de saúde pública“, explica a secretária.

A Prefeitura de João Pessoa possui hoje 350 agentes de saúde ambiental, que já realizaram cerca de 600 mil vistorias. Nos últimos meses, foram retirados de circulação mais de 110 mil pneus, reduzindo significativamente o número de casos. Segundo a Vigilância Ambiental, o número de notificações de dengue caiu de 526 casos, em junho deste ano, para aproximadamente 28, uma redução de 94,67%.

Principais recomendações para o combate ao Aedes aegypti

– Elimine sacos plásticos e pneus velhos que ficam expostos às chuvas.

– Deixe as garrafas vazias com a boca para baixo, evitando que acumulem água.

– Mantenha recipientes como caixas d’água e piscina sempre fechados.

– Preencha com areia a borda dos pratos utilizados no suporte das plantas.

– Observe se a calha está acumulando água e se a chuva fica retida na laje.

– Preserve materiais de construção em locais secos e cobertos.

– Retire a bandeja externa da geladeira ao menos uma vez por semana, lavando-a com sabão.

– Lave semanalmente, com água e sabão, potes e baldes utilizados para armazenar água.

– Faço o mesmo com os bebedouros de animais, que devem ser limpos com escovas ao menos uma vez por semana.

– O lixo deve ser mantido em sacos plásticos, bem fechados. Evite o descarte nas ruas ou em terrenos baldios.

– Sempre que possível, mobilize os seus vizinhos e alerte o poder público sobre possíveis focos da doença.

Para as gestantes:

– Realizar o pré-natal e fazer todos os exames com acompanhamento médico.

– Não consumir bebidas alcóolicas ou qualquer tipo de droga.

– Eliminar focos de proliferação do mosquito no local onde vive.

– Proteger-se com portas e janelas fechadas, vestir calça e camisa de mangas cumpridas, além de utilizar repelentes recomendados para grávidas.

WSCOM


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