BRASIL

E agora. Paulo Roberto desdiz delação e vê Petrobrás sem desvios

 

O ex-diretor Paulo Roberto Costa mudou a versão que apresentou em seu acordo de delação e agora diz que as obras da Petrobras investigadas na Operação Lava Jato não eram superfaturadas. A nova versão está em petição enviada nesta quinta (9) à Justiça. Em depoimento como delator em 2 de setembro do ano passado, Costa dizia que "empresas fixavam em suas propostas uma margem de sobrepreço de cerca de 3% em média, a fim de gerarem um excedente de recursos a serem repassados aos políticos".
 
 
Agora ele diz que os preços seguiam os parâmetros da estatal e o percentual das obras que era desviado para partidos, entre 1% e 3% do valor do contrato, "eram retirados da margem de lucro das empresas".A delação foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal em 29 de setembro do ano passado. Ele poderá perder benefícios caso a Justiça constate que houve rompimento do acordo.
 
 
A acusação de que as obras tinham sobrepreço faz parte de uma denúncia apresentada em março pelos procuradores da Lava Jato, mas ainda não há estimativa do valor. A denúncia já foi aceita pelo juiz federal Sergio Moro, e Costa figura como um dos réus. O TCU (Tribunal de Contas da União) também apontou superfaturamento em uma série de obras investigadas pela Lava Jato.
 
 
A defesa de Costa cita um exemplo hipotético de que não teria havido superfaturamento nas obras: "Se uma empresa oferecia uma proposta 15% acima do orçamento básico e repassava os 3%, ela ficava com lucro de 12%; no caso de não repasse ficaria com um lucro de 15%". Costa refuta também que cuidasse da lavagem do dinheiro desviado das obras.
 
 
Costa nega também que ele e o doleiro Alberto Youssef recebessem uma lista que citava as obras e as empresas que seriam vencedoras de cada uma delas. 


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