BRASIL

Edição extra do ‘Diário Oficial’ publica exoneração de Weintraub logo após chegada aos EUA

O Diário Oficial da União (DOU) publicou em edição extra, pouco antes das 12h deste sábado (20), a exoneração, a pedido, de Abraham Weintraub do cargo de ministro da Educação.

Weintraub havia anunciado na quinta-feira que deixaria o posto – com a saída dele, assume interinamente como ministro o secretário-executivo Antonio Paulo Vogel.

A versão eletrônica da edição extra do “Diário Oficial” foi ao ar pouco depois de divulgada a informação de que Weintraub havia chegado aos Estados Unidos.

Segundo a assessoria do Ministério da Educação, Abraham Weintraub chegou na manhã deste sábado a Miami.

Pouco antes, o irmão do ministro, Arthur Weintraub, assessor especial da Presidência da República, já havia publicado mensagem em rede social na qual afirmava que ele havia deixado o país: “Obrigado a todos pelas orações e apoio. Meu irmão está nos EUA”.

Sobre a saída

Em um vídeo ao lado do presidente Jair Bolsonaro, Weintraub anunciou na última quinta-feira (18) que deixou o governo e assumirá um cargo de diretor no Banco Mundial.

Como ministro de Estado, Weintraub tem passaporte diplomático, o que facilitaria o acesso a outros países, mesmo com as restrições motivadas pela pandemia do novo coronavírus.

Inquéritos

Weintraub é investigado em inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e apura a disseminação de fake news e ameaças a ministros do tribunal. Em reunião ministerial em 22 de abril, ele afirmou: “‘Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”.

O ministro da Educação foi incluído no inquérito pelo relator, ministro Alexandre de Moraes, em razão das ofensas ao Supremo. O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, pediu a retirada de Weintraub do inquérito, por meio de um pedido de habeas corpus, mas, na quarta (17), por 9 votos a 1, o STF rejeitou.

Ele também responde a outro inquérito no Supremo, este a pedido da Procuradoria-Geral da República, para apurar suposto crime de racismo. Em abril, Weintraub publicou mensagem em uma rede social indicando que a China poderia se beneficiar, de propósito, da crise do coronavírus. Na mesma postagem, ele ridicularizou o fato de alguns chineses, quando falam português, trocarem a letra R pela letra L.


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