BRASIL

Eduardo anuncia que deixa governo de Pernambuco em abril

O presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos, e sua assessoria de imprensa, anunciaram que ele deixa o Palácio do Campos das Princesas – o governo de Pernambuco – no dia 4 de abril, data estabelecida pela legislação eleitoral para os que serão candidatos nas eleições nacionais do ano que começa amanhã. de 2014.

O governador anunciou sua saída e partida para “uma nova fase do projeto nacional socialista” durante entrevista por telefone à Rádio Cultura de Palmares, município do Sul do Estado. à tarde, ontem, sua assessoria de imprensa divulgou nota oficializando o anúncio. “Vamos entrar em 2014 para ganhar, com muito trabalho, ânimo e fé no futuro”, acentuou Eduardo Campos.

Eduardo Campos é candidato, portanto. Resta saber se conseguirá ser candidato a presidente da República, ao Senado…Agora é esperar a decantação do processo para ver se ele ou a ex-senadora Marina Silva, que tem índices de intenção de voto nas pesquisas muitos mais altos que os dele, será o candidato da parceria Rede-PSB que eles firmaram dia 3 de outubro pp.

Incógnita sobre quem será candidato, Eduardo ou Marina, continua

Campos admite que essa é uma questão não resolvida – afirma que sequer entrou nas discussões deles este ano – e Marina ora diz, sem nenhuma veemência que o candidato será o parceiro, ora resvala e deixa nas entrelinhas que será ela. Até porque há intensa pressão de seu pessoal da Rede que, diante de sua performance nas pesquisas (geralmente está colocada em 2º lugar, superada apenas pela candidatura á reeleição da presidenta Dilma Rousseff) para que seja ela a candidata.

Na definição do nome da parceria que concorrerá ao Planalto, eles terão de resolver dilemas que Eduardo Campos já vivia e que Marina passou a enfrentar quando se filiou ao PSB. Eduardo Campos deixou o governo Dilma Rousseff para ser candidato de oposição no ano que vem, mesmo projeto acalentado por Marina que não atentou para esse detalhe ao alinhar-se aos socialistas: quer ser oposição, mas o PSB a que se filiou tem irresistível vocação governista e é governo em praticamente todo o Brasil, aliado principalmente dos governos tucanos.

Tanto que ontem, o PSDB de Pernambuco divulgou notana qual oficializa a entrada no governo Eduardo Campos. Os tucanos vão ocupar os cargos que pertenciam ao PTB, que deixou o governo pernambucano para disputar o comando do Estado ao lado do PT em 2014. O texto antecipa que o objetivo das duas siglas é fortalecer a parceria PSDB-PSB também em outros Estados. “Além de parceiros na gestão de Pernambuco, PSDB e PSB trabalham coligações para as eleições de 2014”, diz a nota.

Marina quer ser oposição; vocação do PSB, a que se filou, é ser governo

Esta aproximação Eduardo Campos-tucanos enfrenta restrições de Marina. Ela e seus aliados afirmam que a coligação PSB-Rede não deve fazer alianças nem com o PSDB nem com o PT. No imbróglio, o ponto mais crítico é a discussão em relação à disputa em São Paulo – a Rede defende lançar candidatura própria, o PSB trabalha para apoiar a reeleição do tucano governador Geraldo Alckmin.

Entramos em 2014, ano da eleição, com uma candidata certa, a presidenta Dilma Rousseff; um pré-candidato tucano, senador Aécio Neves; e uma incógnita sobre quem será o candidato da parceria PSB-Rede. A ver.


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