BRASIL

Eduardo Campos rotula Armando Monteiro Neto de “patrão”

O PSB definiu uma estratégia para enfraquecer o palanque do senador Armando Monteiro Neto (PTB), pré-candidato ao governo do estado e nome que será apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ideia é usar o perfil de Armando, que tem uma família ligada ao setor sucroalcooleiro e um trajetória vinculada ao empresariado, para rotulá-lo de “patrão”. Nesta quinta-feira (20), em Serra Talhada, no Sertão do estado, o governador Eduardo Campos voltou a dar indiretas, chamando Armando de “patrão”, sinônimo pejorativo que lembra a antiga luta entre o capital e o trabalho, o chefe e o empregado.

Eduardo Campos voltou a cravar a marca de “patrão” em Armando Monteiro durante coletiva concedida na Câmara Municipal dessa cidade sertaneja. Ao ser indagado como o seu pré-candidato ao governo do estado (Paulo Câmara) ia revelar seu próprio DNA e mostrar que podia ser capaz de governar, ao invés de ser governado, como acusou o deputado federal Silvio Costa (PTB), Eduardo respondeu.

“O danado é que, na política, ainda tem político que se acha patrão do povo. Mas tem cada vez mais gente na política que sabe que o patrão tem que ser o povo. E Paulo (Câmara) é um desses. Paulo é um desses que aprendeu com Dr Arraes, aprendemos juntos… Nós é que somos servidores do povo e não aquela postura ‘do eu é quem mando, eu é quem domino, eu é quem decido’. Isso é uma coisa do tempo do ronca, cada vez mais atrasado”, afirmou o governador, respondendo ao repórter que levantou as críticas do grupo de Armando a Paulo Câmara. Um tom semelhante ao usado no município de Surubim, no início do mês.

Outra palavra que tanto Paulo Câmara como o próprio Eduardo vem usando na maratona que começaram a imprimir este mês pelo interior é “humildade”. Embora, nos bastidores, socialistas digam que a eleição estadual vai ser um “massacre” contra Armando e o PT, publicamente, Eduardo e Paulo Câmara repetem a palavra “humildade” nos discursos. Outra forma de tentar enfraquecer o senador, taxado pelos adversários como arrogante. “Eu não tenho dúvida de que esse processo é um processo que tem muita vitória pelo caminho, mas tem que ter humildade, perseverança e isso ele (Paulo) tem de sobra”, disse Eduardo.

Sem pistolão – Em Serra Talhada, Eduardo Campos lembrou toda a trajetória de vida de Paulo Câmara, procurando mostrar que ele, como outros trabalhadores, cresceram por mérito próprio, sem ajuda de um “pai” ou de um “pistolão’. “Quem fala por Paulo Câmara é a vida dele. Servidor público por mérito, ele começou como escriturário do Banco do brasil e trabalhou, como tantas pessoas, numa agência do interior… passou no concurso do TCE, foi morar no interior, depois foi galgando sem ter pistolão. Sem ter pai importante na política, ocupou todos os cargos no TCE, todos os cargos complexos no governo do estado… Tem uma legião de jovens no governo como ele e, posso dizer a vocês, Paulo Câmara é o mais talentoso, competente e capaz gestor público que tem em Pernambuco hoje. Ele está completamente pronto e preparado para fazer um grande governo e fará ainda melhor porque vai ter um amigo na Presidência da República ajudando ele”, observou.

Violência – Embora o Pacto pela Vida seja a “menina dos olhos” do governador Eduardo Campos, ele soube que, somente em Serra Talhada, aconteceram 13 homicídios nos primeiros meses deste ano. O governador soube do assunto por meio de um repórter, que pediu que, ao nomear os policiais militares, enviasse pelo menos 100 para Serra Talhada. “Eu tenho acompanhado toda quinta-feira os números da violência e eu vou levar seu pleito (para o governo)”, afirmou Eduardo, que, em Serra Talhada participou da inauguração de uma UPA Especialidade, orçada em R$ 12 milhões

(Diário de Pernambuco) 


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