BAHIA

‘Ela já sabia que o menino tava morto’, diz avó sobre filha

"Eu não quero nem saber. O que ela fez com Marcos… Não vou fazer uma visita a ela [na prisão]. Ele poderia estar aqui vivo e bem comigo. Espero a Justiça. Para os dois", desabafou a doméstica Manuela Pereira Carvalho, 43, avó materna de Marcos Vinícius, 2.

Ela conversou com a reportagem no apartamento onde mora, no bairro de Itinga, em Lauro de Freitas. Muito abalada, Manuela culpa a filha, Fabiana Pereira de Carvalho, 18, e o padrinho, Rafael Pinheiro, 28, pelo destino do neto.

"Ela não tinha lugar onde ficar, morava de aluguel. Não tinha com quem deixar Marcos. Eu pedi para ficar com ele e ela não deixou. Por isso mesmo, eu culpo ela e ele. Ela é culpada e ele também é culpado", afirmou.

E acredita que a filha tinha conhecimento da morte do garoto. "Ela já sabia que o menino estava morto. Sei pela cara dela. Aquele choro alí é de araque. Eu conheço ela".
Conforme relatou, Marcos chegou a morar cinco meses com ela. O menino tinha 1 ano, aproximadamente, e não tinha alergia. "Ele comia de tudo e não passava mal".

Certo dia, Fabiana foi buscar o menino com a justificativa de passar o Dia dos Pais com o pai – um homem de prenome Bruno que a avó garante não ser o pai biológico. "Fui umas quatro vezes pedir a ela para deixar Marcos comigo. Ela dizia que o menino já estava com o padrinho, que não queria que Marcos saísse de lá".

Manuela afirma ter desconfiado, desde o início, da versão de que o Marcos foi levado por um carro preto. "Por que ele não falou logo a verdade, que deu leite e o menino passou mal? Mesmo assim ele deveria ter levado ao posto de saúde e não colocar o corpo no mato como fez. O corpo do bichinho estava podre. Para enterrar vai ter que fazer DNA". Fabiana não foi localizada pela reportagem.
Como tudo começou
Rafael contou que conheceu Fabiana há quatro meses quando morava em Lauro de Freitas. Uma vizinha do cabeleireiro era amiga da mãe de Marcos. A partir daí se desenvolveu a amizade. "Fabiana perguntou se eu queria ser padrinho do menino e eu aceitei. Duas semanas depois ela foi despejada aí eu peguei a criança para criar. Fabiana chegou a dormir ao relento nos fundos de minha casa por não ter para onde ir", relata.

Rafael contou que só dois meses depois de estar com a criança soube dos problemas de saúde dela. "O menino vomitava muito quando comia. Aí eu levei para o Hospital Martagão Gesteira", conta.

A Tarde 


Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

Recomendamos pra você


Receba Notícias no WhatsApp