BRASIL

Eleições 2014: Mão Santa e a 3ª via não ocupada pelos tucanos

O ex-senador Mão Santa (PSC) trabalha para sair candidato ao governo estadual. Ele aposta no desgaste de Marcelo Castro (PMDB) e na falta de fôlego e de coragem dos tucanos em concorrer à vaga. Por isto, acredita piamente que terá o apoio do futuro governador Zé Filho (PMDB), aliás, este poderá dispor de duas candidaturas para enfrentar o senador Wellington Dias (PT).

Wilson Martins está certo que deixará o cargo no começo de abril, daí não ser interessante para ele se indispor com ninguém, exatamente porque poderá a partir do momento em que deixar o governo fechar acordos tanto com dois candidatos majoritários ao governo, bem como com vários candidatos proporcionais das três chapas que disputarão o governo. Afinal, a lei eleitoral, não proíbe coligações brancas.

O desenho da sucessão vai sendo decantado e Mão Santa enxerga cada vez mais a possibilidade de desbancar Marcelo Castro na corrida pelo governo. Acredita que o pré-candidato do PMDB não terá espaço para crescer a ponto de vencer Wellington Dias e ele por tabela será o beneficiado por conta da falta de fôlego popular de Marcelo, sem falar que, na reta final, acredita em poder unificar os peemedebistas em torno dele.

Essa aposta de Mão Santa em preferir correr o risco de não ser eleito sendo candidato a governador do que a deputado federal tem uma lógica que ele acredita poder se repetir tal qual em 1994, quando aparecia em situação totalmente desfavorável para depois virar o jogo.

Interessante que, mesmo que ele não viabilize sua candidatura para o governo, sua exposição na mídia servirá para alavancar uma provável segunda alternativa, ou melhor, a candidatura de deputado federal.

Desta vez Mão Santa poderá ter um trunfo a mais em sua estratégia que é a possibilidade de contar com apoio do governador Zé Filho, de parte da máquina estadual e até mesmo municipal de Teresina, fato que não aconteceu em 2006 quando tentou voltar ao governo e foi derrotado por Wellington Dias, com apoio de Marcelo Castro, Themistocles Filho e Kleber Eulálio.

Contra Mão Santa pesam o desgaste das derrotas para o senado em 2010 e para a prefeitura de Parnaíba em 2012, sem falar da sua cassação em 2001. Ele enxerga no vácuo deixado por uma candidatura a governador de Sílvio Mendes (PSDB), a possibilidade de montar num cavalo selado novamente.

Após a posse no começo de abril, Zé Filho começará escancarar um novo cenário político, isto porque será um dos principais condutores do processo eleitoral governista. O governador passará a expor cada vez mais com desenvoltura suas preferências e, principalmente, suas sutis antipatias por quem o tirou do caminho 'natural' que seria sua reeleição para o governo. Afinal, a lei eleitoral, não proíbe coligações brancas.

(Acesse Piauí) 


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