Ontem, após três dias de interdição, a Praia do Sueste, no Arquipélago de Fernando de Noronha, foi reaberta ao público. O acesso tinha sido interrompido na terça-feira, um dia depois do turista paranaense Márcio de Castro Palma, 33, ser mordido por um tubarão. Ele perdeu a mão e parte do antebraço direito.
O local passou por uma análise do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) e quatro fiscais estarão de plantão até 4 de janeiro (quando as restrições devem ser retiradas), sendo dois monitores na areia e dois na água. A visitação, no entanto, será permitida em horário pré-definido: das 10h às 15h, para evitar coincidir com o momento da alimentação dos tubarões.
O incidente aconteceu no fim da tarde da segunda-feira. O engenheiro de pesca e curador do Museu do Tubarão de Fernando de Noronha, Leonardo Veras, está surpreendido com a compreensão das pessoas no primeiro dia da liberação da praia, após a interdição. “Hoje (ontem) foi um dia tranquilo. Tivemos que tomar as devidas atitudes para diminuir o risco”, disse.
A partir das análises feitas desde a manhã seguinte ao acidente, os especialistas do ICMBio e do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit), a hipótese mais provável é de que o ataque tenha sido causado por um tubarão-tigre, uma espécie oceânica conhecida pela agressividade e que ocasionalmente se aproxima das praias, podendo atacar sem ser provocada.
O incidente foi o primeiro do qual se teve registro em Noronha. Na costa continental de Pernambuco, 60 ataques de tubarão já foram registrados desde 1992, deixando 24 mortos, a maior parte banhistas.
Diario de Pernambuco
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