BAHIA

Em queda, comércio baiano já fechou 50 mil postos em 2015

O comércio registrou sua quarta queda seguida e foi o segundo pior setor de atividade econômica, com redução de 2,4%, atrás da indústria de transformação (-3,1%). De acordo com o presidente do Sindicato dos Lojistas da Bahia (Sindilojas-BA), Paulo Mota, o varejo teve um resultado abaixo do esperado na maioria das datas comemorativas deste ano, e o PIB retrata a situação. “As pessoas estão demonstrando preocupação com o futuro e isso se reflete no varejo”, diz.

Segundo levantamento do sindicato, de janeiro a novembro, mais de quatro mil lojas foram desativadas e 50 mil postos de trabalho foram fechados na Bahia, 18 mil em Salvador. “A projeção é queda de 8% em relação às vendas de dezembro de 2014”.

Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador (CDL), Frutos Dias Neto, “se o comercio não vai bem, é um dos sinais de que o Brasil vai mal”. Segundo ele, o peso do setor no PIB é de 60% e, em geração de emprego, o setor também é bastante significativo. Mas a atividade sofre com a inflação e o desemprego.

 

Economia baiana cai 1,9% no mesmo período

A atividade econômica da Bahia caiu 1,9% no terceiro trimestre de 2015 na comparação com o mesmo trimestre de 2014. Já em relação ao segundo trimestre do mesmo ano, quando eliminadas as influências sazonais, a economia baiana aponta estabilidade (-0,1%). No acumulado do ano, de janeiro a setembro, o nível de atividade econômica da Bahia recuou 2,2%. Os dados são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

De acordo com o coordenador de Contas Regionais da SEI, João Paulo Caetano, os resultados do trimestre e do acumulado do ano foram determinados principalmente pela retração do desempenho da indústria da transformação do estado e do setor de Comércio. “Os dados refletem o momento pelo qual passa a economia brasileira, no qual se observou retração de 4,5% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior”, avalia Caetano.

Lucy Brandão Barreto
Correio 24 horas


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