BRASIL

Empresas estão otimistas com o PAC e Minha Casa, Minha Vida

A pesquisa Quesitos Especiais da Sondagem da Construção, divulgada hoje (16) pela Fundação Getulio Vargas, mostra que uma parte das empresas que operam com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Programa Minha Casa, Minha Vida está otimista com relação ao volume de negócios para os próximos 12 meses.

A pesquisa foi efetuada em dezembro do ano passado com 698 empresários do setor da construção, no país. “É uma pesquisa importante para avaliar esses programas”, disse o economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Itaiguara Bezerra. De acordo com o relatório, 43,1% das empresas estão influenciadas de alguma maneira pelo PAC. Dessas, 63% estimam que o seu volume de obras vai aumentar nos próximos 12 meses, em comparação a igual período anterior, enquanto permanecerá estável para 37%.

Do total de empresas que operam no PAC, 26,1% prevêem aumento no pessoal empregado nos próximos três meses. Para 71,7%, o quadro ficará estável e para 2,2% diminuirá. “Das empresas que sinalizaram que vão ampliar seus negócios, a sua situação de negócios vai ser positiva. O saldo foi 63 pontos percentuais (de respostas positivas). E para as empresas que informaram que vão aumentar o volume de emprego, o saldo foi 23,9 pontos percentuais positivo. Estão mais propensas a aumentar o seu contingente de mão de obra”, disse Bezerra.

No Minha Casa, Minha Vida, do total de 29% de empresas envolvidas no programa 51,2% acreditam em melhoria do volume de obras ao longo de 2015, 46,5% apostam que os negócios ficarão estáveis e apenas 2,3% esperam que haverá piora. Em relação ao total de pessoal empregado pela empresa nos próximos três meses, a expectativa é de aumento para 18,6% dos empresários e de estabilidade para 81,4%. O saldo de respostas positivas foi 18,6 pontos percentuais.

O economista admitiu que as recentes denúncias de corrupção envolvendo empreiteiras do setor da construção podem afetar o volume de negócios envolvidos nos dois programas governamentais. Disse, porém, que a FGV pretende fazer uma nova pesquisa, que poderá ocorrer daqui a seis meses, para avaliar o grau desse impacto ou mesmo comprovar se a expectativa positiva registrada na sondagem atual se confirmou.

A pesquisa revela também que o maior percentual de empresas otimistas que efetuam obras no âmbito do PAC é encontrado no segmento de obras viárias, onde 15% projetam aumento do volume de obras este ano. Em contrapartida, o segmento de instalações de sistemas de ar condicionado e instalações hidráulicas não tem perspectiva de melhora do volume de obras nos próximos 12 meses.

No âmbito do Programa Minha Casa MinhaVida, o segmento mais otimista em termos da evolução de obras da empresa é o de edificações (14%), com destaque para edificações residenciais, que tem 18,8% de expectativa de expansão durante o ano, em comparação ano anterior.

(Da Agência Brasil)


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