BAHIA

Enquanto trabalhadores querem 11,08% de reajuste, lojistas fecham em 8%

Com reivindicação de 11,08% nos salários, retroativo a março (data-base do setor), o Sindicato dos Comerciários realizaram uma manifestação, na manhã desta quarta-feira, dentro das instalações do Shopping da Bahia, em Salvador. Cerca de 200 pessoas participaram da ação. Algumas lojas chegaram a ser fechadas por conta da adesão de funcionários ao movimento.

Essa é a quarta vez que o sindicato realiza uma manifestação deste tipo. Outras duas ainda estão previstas para a próxima sexta-feira. “Após 12 rodadas de negociação, o máximo que o patronato nos ofereceu foi 8% de reajuste, sem o retroativo. Uma proposta indecorosa. Vamos continuar com as ações para pressionar eles a assinar a convenção coletiva”, disse o presidente da entidade, Jaelson Dourado.

Além do aumento de 11,08%, os comerciários buscam outras mudanças como a do ticket alimentação, que atualmente está em R$ 8,48, sem contar a discussão com relação aos domingos e feriados. “São clausulas econômicas e sociais que também são importantes”, comentou Dourado. Uma nova reunião estava marcada para as 14h de ontem na sede do Sindicato dos Lojistas do Comércio da Cidade do Salvador (Sindilojas), no bairro do Comércio.

JUSTIÇA

Contudo, pelo menos a depender da reação do presidente do Sindilojas, Paulo Mota, parece que as negociações serão suspensas entre patrões e empregados. “Esse ato de selvageria faz com que a gente tenha de paralisar as conversas. É uma situação de total descontrole por parte do sindicato. Vamos entrar com uma ação de danos morais na Justiça contra o sindicato e permitir que as lojas se mantenham em funcionamento. Ou agem de forma civilizada ou não tem acordo”, ameaçou.
Com relação ao aumento pedido pela categoria, Mota diz ser impossível realizar o reajuste neste momento. “O comércio não suportaria este aumento.

Demissões iriam acontecer. Nossa intenção é de manter os empregos de quem já está empregado”, ressaltou, informando que o reajuste de 8% seria dado já neste mês de julho, mas, sem a retroatividade. Além disso, segundo ele, o ticket alimentação seria arredondado para R$ 9, tendo 20% de participação do trabalhador. Contudo, só teriam direito àqueles que trabalham por mais de 6h por dia.


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