BRASIL

Espionagem: governo nega que relação com EUA será afetada

O governo do Brasil considera superado o episódio de espionagem dos Estados Unidos.

Em entrevista exclusiva à BandNews FM, o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, disse que a relação não será afetada pela revelação de que os americanos grampearam 29 telefones das autoridades brasileiras.

Já via assessoria de imprensa, o ministro declarou que o governo brasileiro vê a situação resolvida. "Esses fatos são de 2011, e o governo norte-americano já havia reconhecido o erro em relação a isso. A presidente acabou de chegar de uma viagem produtiva dos Estados Unidos e vários acordos foram fechados. O foco agora é a manutenção das boas relações com os Estados Unidos e os futuros investimentos", falou Edinho.

Entenda o caso

De acordo com o site WikiLeaks, foram espionados pela NSA 29 números de telefone relacionados ao governo, incluindo o do então ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, e do então secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, atual ministro do Planejamento.

A lista também aponta como alvos de espionagem uma autoridade da área internacional do Banco Central, o ex-ministro de relações exteriores Luiz Alberto Figueiredo Machado, atual embaixador do Brasil nos EUA, e o chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, general José Elito Carvalho Siqueira.

Também tiveram os telefones grampeados uma secretária e um assistente de Dilma, de acordo com a lista divulgada pelo WikiLeaks, além de telefones de representações brasileiras no exterior e até do avião presidencial.

As novas denúncias de espionagem acontecem dias após Dilma ter feito viagem oficial aos Estados Unidos pela primeira vez desde que cancelou uma visita de Estado em 2013 devido à revelação do ex-prestador de serviço da NSA Edward Snowden de que tinha sido espionada pelos EUA.

Dilma se reuniu em Washington com o presidente norte-americano, Barack Obama, na terça-feira, e disse confiar que os EUA não estão mais espionando as comunicações de países aliados, num encontro para virar a página do escândalo de espionagem que abalou as relações bilaterais.

Band
Via WSCOM


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