PIAUÍ

Estado entre os 8 onde taxa de desemprego está abaixo dos 10%

O segundo trimestre de 2016 foi marcado pela continuidade da deterioração das condições no mercado de trabalho. É o que constatou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), por meio de uma análise realizada pelo seu Grupo de Estudos de Conjuntura (Gecon).

A taxa de desemprego passou de uma média de 10,9% no 1º trimestre de 2016 para uma média de 11,3% no 2º trimestre deste ano, tendo atingido 11,6% no trimestre móvel que inclui os meses de maio, junho e julho de 2016.

Para realizar a análise mercado de trabalho brasileiro divulgada nesta terça-feira, o Gecon/Ipea tomou como base os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) e os dados detalhados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)​.

Segundo o IPEA, a deterioração do emprego já está bastante generalizada pelo país. Com um índice de 9,88%, o Piauí está entre as únicas oito unidades da Federação onde a taxa de desemprego encontrava-se ainda abaixo dos 10% no segundo trimestre do ano. Os demais Estados são: Rondônia (7,76%), Roraima (7,98%), Mato Grosso do Sul (6,97%), Mato Grosso (9,8%), Paraná (8,19%), Rio Grande do Sul (8,72%) e Santa Catarina (6,66%).

As maiores taxas de desemprego, por sua vez, foram observadas no Amapá (15,8%), na Bahia (15,38%), em Pernambuco (13,96%) e em Alagoas (13,92%).

Os dados do Caged reforçam a conclusão de que o nível de ocupação continuou se deteriorando no segundo trimestre de 2016. Foram encerrados 1,72 milhões de postos de trabalhos formais entre agosto de 2015 e julho de 2016, valor que representa uma diminuição no saldo negativo acumulado em 12 meses.

Entre abril e julho de 2016 o encerramento de postos de trabalho com carteira foi menor que no mesmo período de 2015. Entretanto, nos últimos quatro meses foram fechados mais de 321 mil postos formais, sendo 95 mil no mês de julho. O saldo negativo de vagas em julho marcou o 16º mês consecutivo com quedas no estoque de ocupações formais, sendo que, desde o início da crise, em outubro de 2014, já se acumula o encerramento de mais de 2,85 milhões de vagas com carteira de trabalho assinada.

Os dados recentes do Caged mantêm a tendência de que o fraco desempenho do mercado de trabalho permanece sendo majoritariamente explicado pela expressiva queda na quantidade de admissões, muito maior que a elevação no número de desligamentos. Em 2015, houve uma média mensal de 1,54 milhões de desligamentos, contra uma média de 1,71 milhões no ano anterior. Em 2016, a média de desligamentos foi de 1,33 milhões. A queda no número de desligamentos pode ser explicada não só porque incidem sobre um estoque menor de ocupações, mas também porque, em períodos de crise, as demissões voluntárias são reduzidas. Por outro lado, a média de admissões mensais que, em 2014, era de 1,72 milhões, caiu para 1,40 milhões em 2015 e, em 2016, atingiu 1,24 milhões, sendo apenas 1,17 milhões em julho. 

Portal o Dia


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