INTERNACIONAL

Estado Islâmico reivindica ataques em Bruxelas

O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelos ataques a bomba que mataram ao menos 30 pessoas e feriram outras 230 em Bruxelas, nesta terça-feira (22), confirmou uma agência de notícias ligada ao grupo.

"Combatentes do Estado Islâmico promoveram uma série de ataques a bomba com cintos explosivos e dispositivos, tendo como alvo um aeroporto e uma estação central do metrô", descreveu a agência Amaq.

Os ataques no Aeroporto Internacional de Bruxelas e em uma estação de metrô no horário de pico na capital belga aconteceram quatro dias depois de a polícia de Bruxelas capturar o principal suspeito vivo dos ataques realizados por jihadistas também ligados ao Estado Islâmico em Paris, em novembro do ano passado. Na ocasião, 130 pessoas morreram.

"Combatentes do Estado Islâmico abriram fogo dentro do aeroporto Zaventem, antes de vários deles detonarem seus cintos explosivos, assim como um mártir detonou seu cinto explosivo na estação de metrô de Maalbeek", resume a nota.

O ataque provocou alertas de segurança em toda a Europa.

Os ataques
Duas explosões foram registradas dentro do saguão do Aeroporto Internacional de Zaventem, na região metropolitana de Bruxelas, na Bélgica, na manhã desta terça-feira (22). Uma terceira explosão ocorreu na estação de metrô de Maalbeek, também na capital belga, nas proximidades da sede da União Europeia.

As explosões ocorreram dias após a prisão de Salah Abdeslam, apontado como um dos principais responsáveis pelos ataques de novembro de Paris – com saldo de 130 mortos – e que foi capturado em Bruxelas, após uma caçada de quatro meses.

As primeiras duas explosões ocorreram no principal aeroporto da cidade, perto dos balcões do check-in da companhia norte-americana American Airlines, por volta das 8h (hora local). Passageiros aguardando por seus voos se desesperaram, saindo correndo em pânico para fugir do saguão, com sangue espalhado por todos os lados.

 Pouco depois das 9h, outra explosão ocorreu, desta vez na estação de metrô de Maelbeek, próxima aos prédios da União Europeia em Bruxelas.

O promotor federal belga Frédéric Van Leeuw afirmou logo após os ataques que ainda é muito cedo para dar um número preciso de vítimas, mas confirmou que o balanço pode subir, já que há muitas gravemente feridas. O primeiro-ministro belga, Charles Michel, classificou o 22 de março como "um dia negro" para o país.

A Bélgica elevou o alerta para terrorismo ao nível máximo e paralisou todo o sistema de transporte público em Bruxelas, além de pedir às pessoas que fiquem em casa. O conselho de segurança nacional do governo belga se reúne nesta terça-feira.

Uma autoridade dos Estados Unidos disse que os ataques pareciam ser uma tentativa de membros do Estado Islâmico de demonstrar agilidade e capacidade de retaliar rapidamente, após a captura de Abdeslam. Autoridades belgas já haviam advertido para o risco de represálias, após a prisão do suspeito.

Os ataques de 13 de novembro em Paris colocaram Bruxelas no centro das preocupações europeias com o radicalismo islâmico. Os ataques, que deixaram pelo menos 130 mortos, foram em parte realizados por cidadãos belgas e tramados no país, segundo investigadores. Pelo menos 12 suspeitos, todos da região de Bruxelas, foram desde então detidos por vínculos com os ataques.

IG


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