MARANHÃO

Estado paga parcela de R$ 183 milhões de dívida deixada por Roseana

Os governos da oligarquia Sarney deixaram como herança, além de uma legião de indigentes no interior do Maranhão, dívidas que estão impedindo a atual administração estadual, por exemplo, acabar com a vergonha da Educação do Estado: 1097 escolas de taipa, barro e palha herdadas da gestão da ex-governadora Roseana (PMDB).

Na última quarta-feira (20), o Estado pagou a parcela semestral de R$ 183 milhões do empréstimo contraído por Roseana junto ao Bank of América no valor de US$ 661, 9 milhões, o equivalente, na época, a R$ 1, 4 bilhão, dinheiro esse que seria utilizado para pagamento de uma outra dívida com a União.

A dívida externa do Estado vem sendo quitada mediante pagamento de parcelas semestrais e de acordo com a variação do dólar. Para se ter uma ideia do que isso representa, em janeiro de 2015, o Governo do Maranhão pagou R$ 120 milhões, enquanto em janeiro deste ano o valor da parcela, devido a disparada da moeda americana, foi da ordem de R$ 183 milhões.

Com esse dinheiro pago para amortizar a dívida externa, levando-se em consideração o valor médio cobrado pelas empreiteiras pela construção de uma escola do programa “Escola Digna”, cerca de R$ 350 mil, daria para riscar do mapa da educação do estado nada menos que 522 escolas de taipa das 1097 herdadas da gestão Roseana Sarney.

Levando-se em consideração a crise econômica que vem atravessando o país e consequente estados e municípios, o Governo do Maranhão tem feito um sacrifício muito grande para honrar o compromisso de uma dívida absurda e que não resultou em qualquer benefício para o Estado, apenas o deixou livre para contrair um novo empréstimo com o BNDES.

Da dívida externa contraída por Roseana ainda falta pagar cerca de 15 parcelas de acordo com a variação do dólar, dinheiro esse que deveria servir para acabar com a vergonha de ver crianças estudando em escolas de chão batido, insalubres e sem estrutura para um ensino de qualidade.

Apesar das dificuldades de ordem financeira, agravada por conta do pagamento destas parcelas da dívida externa, com recursos próprios, a atual gestão tenta recuperar o tempo perdido e promete entregar até o fim de 2018 cerca de 300 escolas dignas, onde existiam casebres, quando já poderia está anunciando o fim de mais uma herança maldita herdade do governo que antecedeu.


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