BRASIL

Estado recebe mais de 310 médicos

Na Bahia, nesta primeira etapa do Mais Médicos, já estão atuando 57 profissionais em 28 municípios do estado, sendo três em Salvador. Mas representantes do Ministério da Saúde (MS), da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e de municípios que se cadastraram para serem contemplados com profissionais viabilizados pelo programa, em reunião durante a Oficina de Alinhamento do 2º Ciclo, realizada na segunda-feira passada, anunciaram que a Bahia vai receber mais 310 médicos pelo programa, sendo 277 intercambistas (estrangeiros) e 33 que concluíram a graduação no Brasil.

O vice-coordenador nacional do programa, Jerzey Timóteo, afirmou que estes médicos já estão no país. “Eles estão passando por um curso de formação, em cidades como Vitória e Brasília”, disse. Segundo Timóteo, entre os médicos estrangeiros estão profissionais de países como Cuba, Argentina e Portugal. “Também tem brasileiros que concluíram medicina no exterior”, acrescentou.

De acordo com a subsecretária estadual da Saúde, Suzana Ribeiro, os médicos chegarão em Salvador entre os dias 26 e 28 de outubro. “Depois do curso de formação realizado pelo Ministério, eles permanecerão em Salvador durante uma semana, realizando atividades sob a coordenação da Sesab. Em seguida, serão designados para os municípios selecionados, que se cadastraram e apresentaram a demanda de profissionais médicos”, explica.

Médicos em Salvador

Os três médicos que estão trabalhando desde setembro passado, em Salvador, por meio do programa Mais Médicos, são Markus Santil, nacionalidade brasileira e portuguesa, formado em Madri, Espanha, locado na Unidade de Saúde da Família, em Lobato; Francisco Manoel Pegado, natural de Angola, formado em Coimbra, Portugal; e Raul dos Reis Ramalho, natural de Portugal, onde desenvolveu a carreira, mas formado pela Faculdade Bahiana de Medicina de Salvador. Ambos atuam na Unidade da Família Nova Constituinte, no Subúrbio Ferroviário.

O médico português, Raul Ramalho, foi o primeiro médico estrangeiro a atender em Salvador,. Ele deixou seu país, sua família e sua aposentadoria para participar do programa Mais Médico. A sua escolha é sintetizada na afirmação: “Era minha hora de me dedicar a um trabalho como esse; contribuir com o meu conhecimento para a melhoria de vida de pessoas necessitadas”.

Formado na área de medicina familiar desde 1995, radicado em Portugal, o médico angolano, Francisco Manoel Pegado, também da Unidade da Família Nova Constituinte, no Subúrbio Ferroviário, entusiasta do programa Mais Médicos entende que “é uma correta justiça nos anseios da população mais carente no Brasil. Estas pessoas precisam de um tratamento digno e mais respeitoso pelos governantes”.

Os profissionais do programa recebem bolsa de R$ 10 mil por mês e ajuda de custo pagos pelo Ministério da Saúde. Os municípios ficam responsáveis por garantir alimentação e moradia aos selecionados. Como definido desde o lançamento, os brasileiros têm prioridade no preenchimento dos postos e as vagas remanescentes são oferecidas aos estrangeiros.

O país já conta com 1.020 profissionais, selecionados na primeira etapa do programa, em atividade nas Unidades Básicas de Saúde do interior e das periferias de grandes cidades. Desses, 577 são médicos formados no Brasil e outros 443 têm diploma estrangeiro e atuam no país por meio de registro provisório.
 

iG Bahia


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