BRASIL

Ex-gerente diz que refinaria Abreu e Lima não foi superfaturada

O ex-gerente geral da refinaria Abreu e Lima Glauco Legatti afirmou que não houve superfaturamento na obra, prevista inicialmente para custar 2,4 bilhões de dólares, estimativa alterada depois para 13 bilhões de dólares e que acabou totalizando 18 bilhões de dólares.

“Não houve superfaturamento. Tudo o que foi contratado foi executado”, disse.

Ele explicou que 60% da refinaria foi contratada em reais – e não em dólares. E que o valor de 18 bilhões de dólares é resultado de uma contabilidade resultante da variação da taxa de câmbio. Segundo ele, a refinaria custou R$ 26 bilhões e que o valor de 18 bilhões de dólares se deve a dois cálculos distintos, um feito quando o dólar estava valendo R$ 2,40, valor reajustado quando o dólar atingiu R$ 1,60 – o que fez com que o valor ficasse bem maior em reais.

Além do câmbio, Legatti detalhou alguns aditivos contratuais que também elevaram o custo final, como o aumento da taxa de juros do financiamento (que elevou o custo em 1,38 bilhão de dólares) e mudanças no projeto, como “adequação de escopo” e consequente aumento de insumos (que elevaram o preço em 2,1 bilhões de dólares).

Ele justificou os cálculos ao responder perguntas do relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ). Ele admitiu que o valor inicial de custo de 2,4 bilhões de dólares foi feito com base em um projeto que não estava concluído.

Em depoimento à CPI na semana passada, a ex-presidente da Petrobras Graça Foster admitiu que esse custo inicial não era realista e não deveria ter sido divulgado.

 

Agência Câmara


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