ARQUIVO NORDESTE

Exportações baianas crescem mais de 7,3% e movimentam portos

As exportações através dos portos de Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus, de janeiro a março deste ano, atingiram 844.231 toneladas. A informação é da Companhia das Docas do Estado da Bahia – Codeba, através do seu Diretor-presidente Rondon Brandão do Vale.

Foram exportadas através do Porto de Salvador 515.941 toneladas. A maioria dos produtos seguiu para a Europa, América do Norte e Ásia. Entre as principais cargas/produtos destacam-se:Petroquímicos – 144.136 toneladas; Celulose 92.687; Ferroliga 29.965; Magnesita 23.874; Bebidas e alimentos 17.224; e Sisal 14.137

Por sua vez, o Porto de Aratu-Candeias exportou 306.839 toneladas. Foram produtos petroquímicos, em forma de granéis líquidos, produzidos pelo Pólo Petroquímico de Camaçari. A maioria seguiu para os portos do Brasil, Argentina e EUA. Os principais produtos foram: Granéis líquidos 187.516 toneladas; Produtos gasosos 110.212; e Granéis sólidos 9.111

Já pelo Porto de Ilhéus foram exportados 21.429 toneladas, sendo os principais produtos; Magnesita –15.633 – destino EUA; e Óxido de magnésio – 5.796 – destino Argentina

O Diretor-presidente da Codeba avisa, ainda, que está revendo o orçamento de 2018, visando novos investimentos nos portos públicos baianos. “Serão milhões de recursos financeiros aplicados em projetos, obras, manutenção de equipamentos, retomada da ampliação do quebra-mar, execução de dragagens, dentre outros”.

Segundo ele, os portos públicos da Bahia oferecem uma infraestrutura favorável às exportações baianas, e o que pode influenciar positivo ou negativamente são os fatores econômicos do mercado.

Melhorias  

Este ano, a Codeba tem planos de se adaptar, de forma plena, à Lei 13.303/2016, que institui normas relacionadas a boa governança, gestão de risco, transparência e controles interno; investimentos na manutenção da infraestrutura, e de novas obras, além da finalização e aprovação do Programa de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) nos três portos.

“Com este programa, será possível definir com maior exatidão as estratégias a serem adotadas pela Companhia, como aquelas relativas a arrendamento de áreas disponíveis e que estão desativadas ou em litígio e do interesse dos usuários dos portos organizados”, esclarece o dirigente.

Em seguida acrescenta: “Vamos em busca de melhores resultados para garantir maiores investimentos, melhor eficiência administrativa, comercial e operacional e a gestão humana”.

Oeste baiano

Na logística da exportação do algodão, o Porto de Salvador ganha espaço para exportar o ‘ouro branco’ que sai das fazendas do Oeste Baiano em direção ao mercado da Europa e Oriente Médio. A opção para a nova rota marítima envolve, principalmente, a infraestrutura da unidade, que possui retroárea adequada, além da capacidade de atendimento.

Desde a primeira exportação de carga-piloto, no final do ano passado, quando foram embarcadas 200 toneladas de algodão para a Turquia, a proposta é ampliar o escoamento via Terminal de Contêineres do Porto de Salvador. Com isso, os representantes de tradings do mercado da commodity e da cadeia portuária tem todas as garantias de não atraso na entrega.

Estima-se duas escalas semanais de navios para transportar a fibra em contêineres. Uma para atender o norte da Europa e outra, o Mediterrâneo. A logística e organização desta operação para levar o algodão do Oeste baiano em direção ao mercado da Europa e Oriente Médio teve início em 2016.

Resultados

Ano passado, os portos de Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus fecharam o exercício com o melhor resultado operacional da história. Foram 11,9 milhões de toneladas movimentadas, o que representa um crescimento de 7,3% em relação ao ano anterior, representando índice superior à média nacional dos portos públicos do país.

O incremento de 805 mil toneladas no ano contou com algumas cargas pioneiras, como a importação de óleo diesel. O desempenho do Porto de Salvador alcançou 4,5 milhões de toneladas de cargas movimentadas em 2017, além de 310 mil TEUs (equivale à unidade de um contêiner de 20 pés).

O Porto de Aratu-Candeias, isoladamente, registrou também um novo recorde anual na movimentação de carga, por toneladas, de 7,1 milhões. O Porto de Ilhéus apresentou incremento de 15%, quando comparado ao ano anterior, registrando 255 mil/ton. Contribuíram para este resultado as movimentações da amêndoa do cacau e minério de magnesita.

Incluída a movimentação de carga, o recorde da Codeba, no ano passado, englobou as receitas oriundas da exploração dos serviços portuários, que também superaram todos os resultados dos anos anteriores. Os saldos alcançados pelos portos públicos baianos contribuíram ainda para a manutenção do melhor patamar entre os terminais portuários localizados nas regiões Norte e Nordeste, no que se refere ao desempenho da balança comercial e corrente de comércio, somando U$15,3 bilhões.

Tribuna da Bahia


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