MARANHÃO

Flávio Dino destaca fortalecimento do SUS e federalismo cooperativo horizontal em meio à crise do coronavírus

REVISTA NORDESTE – O governador do Maranhão Flávio Dino participou, por videoconferência, do colóquio promovido pela Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO) com o tema: “O enfrentamento ao coronavírus, o SUS e a crise no pacto federativo”.

A escassez de insumos hospitalares, as assimetrias regionais em relação à disponibilidade dos profissionais de saúde e a própria dinâmica do coronavírus de não ter um padrão foram alguns dos pontos destacados pelo governador do Maranhão sobre as dificuldades enfrentadas no combate ao coronavírus no Brasil.

“Poderíamos estar em condições melhores se não fosse o negacionismo que houve desde o início por uma parte do Governo Federal. Não houve uma preparação do essencial, do abastecimento de insumos e equipamentos hospitalares”, lembrou o governador.

Em relação aos aspectos institucionais, Flávio Dino destacou duas importantes marcas que a crise do coronavírus deixa pro país. “Se é possível, em meio a essas trevas enxergar algo de positivo, não há dúvidas de que é o fortalecimento do SUS. Com tudo que estamos vivendo vai ser muito difícil alguém tentar substituir o SUS pelo sistema de vouchers. O SUS tem mostrado toda sua potência, sendo o mais bem-sucedido da história recente do Brasil ao garantir que tenhamos fornecimento de serviços públicos gratuitos saúde a milhões de pessoas”, disse Dino.

O segundo ponto institucional destacado pelo governador do Maranhão foi o fortalecimento do federalismo cooperativo horizontal. “A crise tem servido para mostrar a importância do federalismo cooperativo horizontal. Com o Consórcio do Nordeste temos vivenciado uma troca de experiências, uma espécie de consultoria, formulando ideias e sugestões para enfrentarmos esse momento de aguda crise sanitária e econômica. Além disso, fazemos compras de insumos hospitalares junto com os demais estados do Nordeste. Esse é um experimento que veio para ficar, em contrapartida, infelizmente, com o federalismo cooperativo vertical”, disse Flávio Dino ao relembrar a dificuldade de uma articulação nacional liderada pelo Governo Federal.

Participaram do debate promovido pela Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco): Flávio Dino (governador do Maranhão), Arthur Virgílio Neto ( prefeito de Manaus/AM), Sulamis Dain (ex-professora -IMS/UERJ), Lenir Santos (presidente do IDISA e professora da Unicamp), sob coordenação do Odorico Monteiro, pesquisador da Fiocruz- CE.


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