Flávio Dino, Ricardo Coutinho, Haddad,  e Boulos lançam manifesto contra políticas de Bolsonaro; Leia a Nota

Por Walter Santos

EXCLUSIVO – Enquanto os governadores do Brasil se reúnem em Brasília para desburocratizar diversos projetos e recursos no Governo Federal, um grupo de líderes progressistas nacionais se reuniu no Hotel Bristol, também na capital federal, apresentando manifesto contra as medidas do Governo Bolsonaro abalando conquistas históricas.

O governador Flávio Dino foi o único chefe de Executivo presente ao encontro comprometido com reação ao desmonte de conquistas sociais e até de soberania do Brasil no mundo e revelou que exaltar 31 de março é adotar politicas de conflitos desnecessárias.

PRESENTES – O presidente da Fundação João Mangabeira, Ricardo Coutinho, o governador Flavio Dino (Maranhão), ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, Guilherme Boulos e Sônia Guajajara revelaram que assinaram documento focando garantias individuais, fim da perda da soberania nacional e respeito às conquistas sociais.

Eles anunciaram que vão soltar Nota contrária à decisão do presidente Jair Bolsonaro de exaltar o golpe militar em 31 de março pois pretendem se manifestar a favor das famílias dos desaparecidos.

– Esta agenda de desconstrução do Governo Bolsonaro, que não apresenta proposta positiva, precisa e vai ser combatida com agenda de resistência em favor das conquistas, revelou Boulos.

Nota à Imprensa

Brasília, 26 de março de 2019

Reunidos nesta manhã em Brasília, realizamos um debate sobre o atual momento nacional, especialmente considerando o rápido e profundo desgaste do Governo Bolsonaro. Destacamos alguns pontos para reflexão de toda a sociedade:

1. Estamos atentos e mobilizados para evitar agudos retrocessos sociais, trazidos por esse projeto de Reforma da Previdência, centrado no regime de capitalização e no corte de direitos dos mais pobres.

Do mesmo modo, convidamos para a defesa da soberania nacional. Consideramos que por trás do suposto discurso patriótico do atual governo há, na prática, atitudes marcadamente antinacionais, como vimos na recente visita presidencial aos Estados Unidos.

3. Em face da absurda decisão do Governo Bolsonaro de “comemorar” o Golpe Militar de 1964, no próximo dia 31 de março, manifestamos nossa solidariedade aos torturados e às famílias dos desaparecidos. Sublinhamos a centralidade da questão democrática, que se manifesta na defesa do Estado de Direito, das garantias fundamentais e no repúdio a atos de violência contra populações pobres e exploradas, a exemplo das periferias, dos negros e dos índios. Não aceitamos a criminalização dos movimentos sociais, uma vez que eles são essenciais para uma vivência autenticamente democrática.

Nesse contexto, é urgente assegurar ao ex-presidente Lula seus direitos previstos em lei e tratamento isonômico, não se justificando a manutenção de sua prisão sem condenação transitada em julgado.

Por fim, essa reunião expressa o desejo de ampla unidade do campo democrático para resistir aos retrocessos e oferecer propostas progressistas para o Brasil.

Fernando Haddad

Ex-candidato a presidente da República


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