CEARÁ

Fortaleza tem menor taxa de desemprego do País

Diferente das outras regiões metropolitanas onde a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) é realizada, Fortaleza apresenta estabilidade em julho. A taxa de desemprego total aumentou em Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo e diminuiu no Distrito Federal. Na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), registrou relativa estabilidade pelo quarto mês consecutivo. Passou de 7,9%, em junho, para 8% da força de trabalho no mês seguinte – ambos os índices da são os menores do País registrados pela pesquisa. Os dados foram divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística (Dieese).

Mas o levantamento também mostra diminuição do rendimento médio real dos ocupados e assalariados. A conclusão é que o ajuste no mercado de trabalho da RMF, no atual cenário de recessão, se dá mais pela redução salarial do que pelo desemprego.

Em junho, o rendimento médio real dos ocupados aumentou apenas em Recife (2,3%, passando a equivaler a R$ 1.313), caiu em Fortaleza (-2,9%, R$ 1.168), Salvador (-1,8%, R$ 1.277), São Paulo (-1,5%, R$ 1.928), no Distrito Federal (- 0,5%, R$ 2.718), e praticamente não variou em Porto Alegre (-0,2%, R$ 1.872). O analista do mercado de trabalho do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), Mardônio Costa, diz que os trabalhadores de todos os setores estão perdendo poder de compra.

Além da estabilidade, a PED revela que o nível de ocupação também se mostra estável entre junho e julho em Fortaleza. O contingente de desempregados avançou para 148 mil pessoas, duas mil pessoas a mais que no mês anterior. Conforme Costa, este resultado decorreu da estabilidade do número de ocupados (1 milhão 697 mil) e da entrada de duas mil pessoas do mercado de trabalho da região.

No mesmo período, o tempo médio de procura por trabalho despendido pelos desempregados cresceu, passando de 23 para 25 semanas. O analista do IDT destaca que só houve redução de postos de trabalho no setor privado – menos oito mil. E pelo segundo mês consecutivo a RMF anotou recuo no número de trabalhadores com carteira assinada.

Artumira Dutra
O Povo


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