NORDESTE

FUNDAJ: Antônio Campos cobra políticas para o Nordeste

JC Online

“Eu tenho confiança que o governo Bolsonaro, com o ministro Paulo Guedes, na parte da economia, estão conscientes do grande desafio que é a desigualdade social e os efeitos que tem na sociedade. É super compatível liberalismo e uma agenda social. Acredito que, brevemente, haverá um pacote que inclua também uma requalificação, com inovação de programas sociais”. As palavras são do presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Antônio Campos (Podemos), em entrevista concedida ao cientista político Antônio Lavareda, no programa 20 minutos, da TV Jornal, neste sábado (16).

Antônio discutiu sobre as desigualdades regionais que o Nordeste enfrenta e das políticas que considera necessárias para reverter a situação atual. “Nós precisamos trazer algumas questões estruturais para o Nordeste. Precisamos terminar a Transnordestina. Precisamos revitalizar o Rio São Francisco. Necessitamos investir fortemente em infraestrutura, abrindo isso, inclusive, para o capital estrangeiro, com a participação do Brasil. E precisamos, sem dúvida, de uma política que gere empregos. Precisamos de políticas específicas para o Nordeste, como, por exemplo, o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), é possível criar um corte para que as cidades com IDH menor tenham percentual maior (de recursos)”.

O irmão do ex-governador Eduardo Campos também comentou sobre a atuação da Fundaj no desastre de óleo que vem atingindo as praias do Nordeste. “Ajudamos fazendo a pesquisa amostral de emergência sobre o impacto econômico e social desse desastre ecológico, que está em curso em mais de 40 municípios e 100 praias. Iremos fazer para o governo federal relatórios quinzenais com políticas de mitigação para esse dano. Nós estamos tendo muito trabalho com esse tema”.

Quanto ao contingenciamento de recursos em educação, Antônio se mostrou tranquilo e afirmou que, em 2019, a Fundação Joaquim Nabuco não sofreu com perda de recursos. “O próprio MEC, com o ministro (Abraham) Weintraub e com Paulo Guedes, conseguiu reduzir o contingenciamento de 2019 e também para 2020. No ano de 2020, seguindo uma política que foi feita por várias entidades e de ajuste fiscal, perdemos menos de 10% dos recursos previstos. Através do Congresso e de iniciativas de parcerias com órgãos internacionais e nacionais, vamos recompor esses recursos perdidos e vamos aumentar as verbas da Fundaj.

Antônio falou, ainda, dos projetos da fundação para o ano que vem e comentou dos desafios gestão. “A Fundaj tem atribuições no Norte e Nordeste, mas principalmente no Nordeste. Um dos projetos que lançaremos no início de 2020 é a criação do Complexo Cultural Gilberto Freyre no campus de Casa Forte. Estamos criando uma interlocução forte com a Sudene, Banco do Nordeste e outros órgãos para pensar uma agenda para o Nordeste”.


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