NORDESTE

FUNDAJ anuncia base de estudos paea avaliar efeitos socio-econômicos do COVID 19

Confirmado: Núcleo da Fundação Joaquim Nabuco acompanhará, em âmbito federal com foco na Região Nordeste, impactos sociais e econômicos da pandemia, propondo alternativas. Trabalho será feito por home office

Com a incerteza dos impactos causados pela pandemia do novo coronavírus, a Fundação Joaquim Nabuco, por meio de seu Núcleo de Inovação em Políticas Públicas (NISP), que é ligado à presidência da Casa, acompanhará os desdobramentos socioeconômicos causados pelo vírus que já atinge 540 pessoas em 20 estados brasileiros e no Distrito Federal. O Núcleo avaliará a repercussão da pandemia e trará, semanalmente, análises com possíveis sugestões de soluções para reparar danos em âmbito federal, com foco para a Região Nordeste.

As reuniões, realizadas por Skype, serão destinadas a pensar soluções para o Brasil pós pandemia. As contribuições serão alinhadas ao importante pacote de medidas para minimizar efeitos do coronavírus, proposto pelo Governo Federal sob liderança do ministro Paulo Guedes. De acordo com o presidente da Fundaj, Antônio Campos, qualquer previsão é prematura, mas a crise será de grandes proporções. “No plano das políticas públicas, a Inovação Social assume grande importância. A construção cooperada de soluções será um caminho importante para superar a crise. Mais do que nunca, governo e sociedade terão que estar juntos nesse esforço”, afirma Antônio Campos, presidente da Fundação Joaquim Nabuco. Os Estados Unidos, exemplifica, estão preparando um pacote de assistência à população que mais sofrerá com a crise econômica decorrente do fechamento de atividades econômicas. “Será uma forma de compensar a paralisia que se instaurará na economia”, acrescenta o presidente.

O coordenador do NISP, Sérgio Kelner, chama atenção para a grande importância do planejamento. “O Nordeste precisará de um novo Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste, à exemplo do que foi feito por Celso Furtado em 1959. O papel da Fundação Joaquim Nabuco se alinha às transformações e, além de de avaliar e acompanhar as políticas públicas, passará a ser o de começar a estudar como os municípios poderão criar estruturas para superar os efeitos da crise pandêmica e redesenhar essas políticas. Entretanto, o momento é de observação, as rupturas decorrentes da pandemia exigem atenção às mudanças quase que diárias nos cenários traçados para enfrentar o momento atual. O futuro é incerto, mas teremos um esforço grande de reconstrução.”

A crise estrutural, de acordo com Kelner, terá impacto perverso no comércio informal e ameaça paralisação da ubereconomia. “Será necessário repensar o papel do Estado e a relação entre Estado e iniciativa privada, que precisarão atuar de modo dialogado e interligado. Precisamos ir além do debate entre Estado Mínimo x Estado de Bem Estar Social. Seguramente, será esperado que o Estado tenha um papel indutor, estimulando a iniciativa privada em prol do desenvolvimento econômico e social”, atesta Diogo Helal, pesquisador da Fundaj e integrante do Nisp.

MEDIDAS IMPORTANTES – O Ministério da Economia já anunciou a liberação de R$ 169,6 bilhões em uma série de medidas emergenciais para conter os prejuízos do coronavírus pelos próximos três meses. Os recursos serão destinados à parcela mais vulnerável da sociedade, para socorrer empresas em dificuldade e reforçar investimentos na área da saúde.


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