POLÍTICA

Governadores do Nordeste dizem que PSL será dizimado na região

Políticos da Região Nordeste preveem uma derrota arrasadora para o PSL, partido de Jair Bolsonaro. De acordo com pesquisa Datafolha, divulgada nesta segunda-feira (2), o ocupante do Planalto é mais rejeitado entre os nordestinos. Seu índice de ruim e péssimo subiu de 41% para 52% de julho para cá. Em nível nacional, se a eleição fosse hoje, ele seria derrotado: Fernando Haddad (PT) teria 42% dos votos, contra 36% dele. Outros 18% votariam branco ou nulo e 4% não souberam responder.

Outro levantamento, XP Investimentos/Ipespe, havia apontado que a reprovação dele no Nordeste aumentou 27 pontos percentuais em oito meses. Em janeiro 26% dos eleitores da região avaliavam o presidente como ruim e péssimo. De acordo com pesquisa o percentual chegou a 53% em agosto.

No segundo turno da eleição presidencial, Bosonaro conseguiu apenas 30,3% dos votos válidos no Nordeste (8,8 milhões de votos). O seu então adversário, Fernando Haddad (PT), alcançou 69,7% (20,3 milhões).

Governam os estados da região Nordeste Paulo Câmara (PSB), em Pernambuco, Rui Costa (PT), na Bahia, Flávio Dino (PCdoB), no Maranhão, Fátima Bezerra (PT), no Rio Grande do Norte, Wellington Dias (PT), no Piauí, Renan Filho (MDB), em Alagoas, Belivaldo Chagas (PSD), em Sergipe, Camilo Santana (PT), no Ceará, e João Azevêdo (PSB), na Paraíba.

Declarações grotescas

A populariade de Bolsonaro que já era baixa veio caindo ainda mais por causa de declarações grotescas dele. No mês passado ele pegou o microfone da câmera da TV Globo e pediu “chuva de honestidade” para a região.

“Queria que a Globo botasse no ar um vídeo com uma canção lá do Nordeste, chama-se Chuva de Honestidade”, afirmou. “É uma canção que é mais velha que eu, de 54, e o que o Nordeste sempre precisou foi disso, chuva de honestidade. E o Brasil agradece”, acrescentou.

Em julho, foi divulgado um vídeo em que Bolsonaro fala sobre “governadores de paraíba” e cita o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). “Não tem que ter nada para esse cara [Dino]”.

Outro fator que também pode explicar a impopularidade dele foi a redução dos empréstimos para o Nordeste pela Caixa Econômica ao longo deste ano. Nos primeiros sete meses do ano foram autorizados para a Região financiamentos da ordem de R$ 89 milhões, o que representa somente 2,2% do total de cerca de R$ 4 bilhões chancelados pelo banco para estados e municípios.

De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a determinação teria partido do próprio presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

Reprovação nacional aumenta

Segundo as estatísticas do Datafolha, divulgadas nesta segunda, aumentou de 33% para 38% a reprovação de Bolsonaro no País em relação ao levantamento anterior do instituto, feito no início de julho. A aprovação de Bolsonaro também caiu, de 33% em julho para 29% agora.

A popularidade dele caiu até mesmo entre os mais ricos (com renda mensal acima de 10 salários mínimos). Neste segmento, a aprovação caiu de 52% em julho para 37% agora.


Brasil 247


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