INTERNACIONAL

Grécia nega que destroços encontrados sejam de aeronave egípcia

O chefe de segurança aérea da Grécia, Athanassios Binos, corrigiu a informação divulgada mais cedo e disse que os destroços encontrados até agora no Mar Mediterrâneo não pertencem a uma aeronave. Na manhã desta quinta-feira (18), o país afirmou ter encontrado peças que poderiam pertencer ao voo MS804 a cerca de 80 quilômetros da área onde a aeronave perdeu a comunicação.

"Meu correspondente egípcio também confirmou que ainda não está provado que o material encontrado é do avião da EgyptAir", disse Binos em entrevista a uma TV estatal.

A queda do avião foi confirmada pelo presidente da França, François Hollande, horas após a Airbus, fabricante da aeronave, anunciar o desaparecimento dos radares do Voo MS804. No total, 66 pessoas estavam a bordo.

O avião partiu de Paris em direção ao Cairo, no Egito, e sumiu quando sobrevoava o Mar Mediterrâneo, por volta das 2h29 – horário na França, 21h29 em Brasília. O local do desaparecimento seria próximo à ilha grega de Karpathos, mas já em águas territoriais egípcias.

Em março, um outro incidente levou a empresa a protagonizar manchetes em todo o mundo. No dia 29 daquele mês, um voo que ia de Alexandria ao Cairo foi sequestrado com um total de com 81 passageiros. Todos os reféns foram libertados.

O caso desta quinta-feira ocorre meses depois de uma aeronave da companhia aérea russa Metrojet, que acabara de decolar do litoral egípcio rumo à cidade de São Petesburgo, ser derrubada por uma bomba instalada por terroristas do Estado Islâmico, em novembro. Todas as 224 pessoas a bordo morreram.

Terrorismo é principal hipótese
Após o presidente Hollande afirmar que a investigação não descarta nenhuma hipótese para a queda do avião da EgyptAir, o ministro da Aviação do Egito, Sherif Fatih, admitiu que a principal suspeita para o caso é de ação terrorista.

Em coletiva de imprensa, Fatih explicou que não é possível tirar conclusões precipitadas, mas admitiu que há mais chances de a aeronave ter caído devido a um atentado do que em consequência de uma falha mecânica. O chefe dos serviços secretos russos, Alexander Bortnikov, fez coro à declaração do ministro egípcio.

A companhia Egyptair, a maior do continente africano, por sua vez, pediu que se evitem conclusões precipitadas. 

iG


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