BRASIL

Inovando no mercado óptico, empresa baiana fatura R$ 3,5 milhões

Por Luan Matias

O mercado óptico está em franco crescimento no Brasil. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Óptica, o faturamento no segmento cresceu 89% entre 2009 e 2014. Um dos motivos que explica esse aumento é a inovação e a diversidade de modelos surgidos no período.

Na Bahia, uma empresa tem ganhado espaço no mercado e se destacado através da ousadia. Sediada na cidade de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador, A Diruf é responsável pela Feroce e Impulsa, marcas que juntas faturaram R$ 3,5 milhões no ano passado. São entre 3.500 e 4.000 peças vendidas mensalmente.

A Feroce, mais tradicional, é uma marca masculina e tem o conceito ligado ao automobilismo e a paixão que normalmente os homens têm por carros e máquinas. Além da identidade visual, todo o material que compõe o produto é relacionado ao universo dos automóveis: fibra de carbono, borracha, textura de pneu e madeira. A publicidade dos óculos também envolve esse conceito.

Lançada em outubro do ano passado, a Impulsa é uma marca mais jovem, embora já tenha peso no mercado – atualmente é responsável por 40% do faturamento da Diruf. Focada no universo feminino, remete a pulsação e força, buscando alcançar mulheres independentes e modernas. Todo o conceito é relacionado a presença marcante de cores fortes.

Por trás do sucesso se encontra o designer de produtos Felipe Diniz, baiano com extensa experiência na área. Após alguns anos afastado, ele decidiu voltar ao mercado óptico criando uma marca própria. “Nosso foco é o design exclusivo. As marcas do Brasil pecam muito em não ter um produto diferenciado para o brasileiro; elas importam coisas prontas que vem da Europa e Estados Unidos, como tamanhos, cores e ângulos. O óculos é um produto muito complexo, ele está ali para corrigir a visão, então é preciso ter um cuidado muito especial com ele”, explicou.

De fato, essa é uma característica importante, responsável por diferenciar o mercado óptico, influenciando diretamente a produção e o posicionamento da empresa. Além de serem acessórios relacionados à moda, os óculos também são órteses – ou seja, tanto auxiliam as funções de um membro do corpo como são componentes importantes na estética do usuário.

Sobre o processo de produção, Felipe explicou que todas as etapas somadas, entre criação, fabricação e comércio, envolvem um período de aproximadamente oito meses. “Tudo começa no desenho do produto. Eu faço todas as coleções das duas marcas. A gente faz o projeto técnico e conceitual, mandamos para os fabricantes fora do país, eles produzem e então nós importamos e comercializamos em todo o Brasil”, disse.

Com mais de dois mil pontos de venda em óticas de todo o Brasil, a Diruf tem forte presença no Nordeste, especialmente nos estados da Bahia e Ceará. O próximo passo é entrar no mercado paulista, que chega a representar 60% do faturamento de algumas empresas da área. “Conseguimos atender bem a nossa região. Agora chegamos fortes e estamos com a expectativa de ter uma participação interessante também em São Paulo”, revelou Felipe.
 

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