BRASIL

Instituições financeiras apostam na manutenção da Selic em 11% ao ano

As instituições financeiras esperam por manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 11% ao ano, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para amanhã (15) e a próxima quarta-feira (16). Essa expectativa está na pesquisa semanal feita pelo Banco Central (BC) sobre os principais indicadores econômicos.

De acordo com a pesquisa, as instituições financeiras não esperam mais por alterações na Selic ao longo deste ano. Para 2015, no entanto, há expectativa de elevação da Selic em 1 ponto percentual, com a taxa básica encerrando o período em 12% ao ano.

A Selic é usada como instrumento para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.

Ao manter a Selic no mesmo patamar, a sinalização é que as elevações anteriores foram suficientes para provocar os efeitos esperados na economia. O BC tem reiterado que os efeitos de alta da taxa básica se acumulam e levam tempo para aparecer.

O BC precisa encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. O centro da meta definido pelo governo é 4,5%, com limite superior de 6,5%.

A projeção das instituições financeiras indicam o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) bem próximo do limite superior da meta, em 6,48%. Na semana passada, a estimativa estava um pouco menor, em 6,46%. Para 2015, a estimativa segue em 6,10%, há três semanas.

A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 1,07% para 1,05%, este ano, e foi mantida em 1,50%, em 2015.

(Agência Brasil) 


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